Farense-V.Guimarães, 1-1 (destaques)

13 jan 2001, 18:53

Cigarra esbanjadora depois de trabalho de três formigas Geraldo deitou fora dois pontos quando travou Marco Nuno, desperdiçando o trabalho de três formiguinhas no meio-campo vimaranense. Do outro lado, Marco Nuno fez mais em 28 minutos do que o resto da equipa em todo o encontro.

Geraldo...

Custou dois pontos a uma equipa aflita. O que é que terá passado pela cabeça do rapaz para deixar passar Marco Nuno, primeiro - e todo o Estádio já estava a ver como isso ia acontecer -, e depois para o agarrar? A falta é evidente, Paulo Baptista marcou penalty e Hassan empatou o jogo a três minutos do fim, quando o Farense atacava em desespero e abria auto-estradas para o contra-ataque contrário. 

... e Marco Nuno

Fez mais em 28 minutos - os que jogou - do que qualquer colega em todo o jogo. Entrou para o lado direito do ataque farense e tornou logo evidentes as fragilidades do defesa contrário, Geraldo. Abriu as hostilidades com um centro muito bom para a pequena área, num dos raros lances de perigo do encontro, e imprimiu velocidade a um jogo pastoso, antes de ganhar o empate com uma óptima penetração em direcção à linha de fundo. 

Fangueiro e Carlos Fernandes

Fangueiro começou à esquerda e foi o elemento mais perigoso do Vitória de Guimarães, apesar da boa oposição de Toni. Teve o mérito de perceber que para se poder aproximar do golo teria de partir para o um para um. Tentou, raramente conseguiu passar pelo defesa-direito do Farense, mas viria a ter sucesso quando, depois da entrada de Lixa, passou para o flanco contrário. Carlos Fernandes estava a ter uma tarde descansada perante o inexistente Sérgio Júnior, atacando bastante, embora os centros não lhe estivessem a sair bem, mas depois apanhou com Fangueiro pela frente e começou o pesadelo - até ao minuto 77, em que o extremo vimaranense conseguiu fazer gato-sapato do defesa farense e servir Paiva para o golo. 

William

Tem um dom para ir ter com a bola, para ler as jogadas, para adivinhar os movimentos do adversário, do que marca e do que tem a bola. Patrão de uma defesa que subiu vezes sem conta (quase sempre bem) para colocar os adversários fora-de-jogo, William mostrou que nem só de correrias se faz um central. 

Formiguinhas vimaranenses

Foram três, a correr e a marcar no meio-campo. Paulo Gomes, mais recuado, Paiva e Soderstrom impediram que o Farense construísse jogo como desejaria e evitaram que os algarvios ultrapassassem a armadilha do fora-de-jogo com a penetração dos médios. Num trabalho colectivo excelente a nível defensivo, feito de compensações e entreajudas, acabaria por ser uma dessas formigas - a mais ofensiva, Paiva - a aproximar o Guimarães da vitória que a cigarra Geraldo esbanjaria dez minutos depois.

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