Jogador regressa «orgulhoso» O defesa do Liverpool volta frente à Finlândia e alerta para os perigos dos adversários na fase final.

Abel Xavier foi convocado por António Oliveira para o particular da próxima semana com a Finlândia no Bessa. O jogador do Liverpool não actua pela selecção desde 25 de Abril de 2001, num particular frente à França. No entanto, não «acusa» a ausência: «É motivo de orgulho ser chamado e sempre bom voltar a um ambiente que conheço bem e sempre me senti parte integrante. Sempre acreditei que fazia parte do grupo.»

O defesa desvaloriza assim a ausência, que foi ultrapassada depois de «situações pontuais ao longo dos meses» e que ficou «resolvida a partir do momento em que pude jogar», disse ao Maisfutebol.

Quando à chamada de novos jogadores, como Bino ou Nélson, Abel Xavier considera que «existe um lote vasto que o selecionador tem chamado e observado em profundidade para deliberar»: «Eu sempre disse que há poucos intocáveis e depois há outros que reforçam. Todos os que estão na selecção têm bastantes créditos.» O jogador do Liverpool considera que esta é uma etapa importante para «poder ser positiva a presença na fase final».

Relativamente ao adversário de quarta-feira, Abel sublinha que vai ser um bom teste para «alinhavar pontas» de modo a que a selecção possa estar «na máxima força no Mundial»: «Vamos encarar o encontro com seriedade e trabalho para nos podermos sentir cada vez mais fortes. No Mundial as exigências serão acrescidas.»

Optimista para o Mundial e seguro no Liverpool

Sobre o Campeonato do Mundo, o internacional luso está «optimista», mas recusa o excesso de confiança: «Teoricamente somos a selecção mais 'peso-pesado' do grupo, mas existe a prática e aí temos de demonstrar que somos fortes e competitivos. É preciso passar um dos perigos que é ter defrontado poucas vezes essas selecções (Coreia do Sul, Polónia e Estados Unidos). As dificuldades podem vir quando não se conhece o nível técnico destas equipas.»

Abel Xavier tem sido titular regular no Liverpool. A mudança física do Everton para o Liverpool foi curta, mas para o jogador significa uma mudança de nível. «Quando estava no Everton também era chamado, mas mudei pensando em alguns objectivos, entre eles ir à selecção. Estar neste clube é lutar pelo mais alto nível e estou bastante contente por integrar o Liverpool. Tenho jogado sempre e sinto-me bem. Estamos nos quartos-de-final da Liga dos Campeões e é lógico que, sendo o primeiro jogador português a actuar numa equipa com o carisma do Liverpool, me sinto bastante orgulhoso. Mas isto tudo pode passar, tenho de viver dia-a-dia.»