Miguel Albuquerque "quase de certeza" que será candidato nas eleições do PSD Madeira: "Nunca fui comprado, nunca fui corrompido"

CNN Portugal , MJC
19 fev, 18:46

PSD Madeira vai a eleições diretas a 21 de março

O PSD Madeira vai avançar para eleições internas. Até dia 29 de fevereiro devem ser entregues as candidaturas e respetivas moções, anunciou esta segunda-feira Miguel Albuquerque, presidente demissionário do Governo Regional da Madeira.

"Quase de certeza que serei candidato à liderança do PSD Madeira", afirmou Miguel Albuquerque. "Tenho todas condições políticas porque nunca fui comprado por ninguém. Tenho 30 anos de vida pública e nunca fui corrompido por ninguém. Tenho a minha consciência tranquila e estou preparado para me defender em todas as instâncias. E nesse sentido mantenho imaculada a minha integridade política", disse Miguel Albuquerque, que é um dos arguidos no caso de suspeitas de corrupção da Madeira.

As eleições diretas estão marcadas para 21 de março, uma quinta-feira. O congresso regional está marcado para 20 e 21 de abril.

Confrontado com as declarações de Alberto João Jardim, antigo presidente do Governo Regional, que, em entrevista à CNN Portugal, afirmou que "o ciclo político de Miguel Albuquerque" já tinha terminado, Albuquerque respondeu: "Eu nunca tive medo de ir a eleições". 

"Tenho o maior respeito pelas instâncias judiciais. Mas à política o que é da política, aos tribunais ao que é dos tribunais. Mas acredito que tenho todas as condições para continuar", disse, sublinhando: O que foi decidido pelo tribunal em lisboa foi muito claro. O juiz disse que não há vestígios de crime, muito menos de crime grave".

E lembrou: "Eu não tenho imunidade parlamentar, a minha imunidade deriva do facto de ser membro do conselho de estado, mas se me quiserem ouvir é só solicitar ao conselho de estado para me ouvirem. Isso não é desculpa para nada. Estou disponível para responder a tudo que for necessário responder."

Miguel Albuquerque deixou ainda acusações ao PS: "Esta estratégia do PS de continuamente fazer denúncias falsas para condicionar a atividade política não é correta nem adequada para a vida democrática."

Na sua opinião, as eleições são necessárias. "A nova direção estará legitimada para tomar as melhores decisões para o partido", garantiu. "Não temos medo de assumir o risco e de assumir as nossas responsabilidades. Uma coisa posso dizer: nós não vamos deixar a Madeira a andar para trás, não vamos parar os investimentos, não vamos deixar que o nosso povo volte a viver como no passado, quando era mandado a partir de Lisboa e não tinha qualquer possibilidade de tomar decisões sobre o seu destino coletivo.

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