Aloísio considera que «Domingos ainda tinha muito a dar»

22 jul 2001, 01:54

Brasileiro dá conselhos ao seu novo colega Aloísio serve-se da experiência pessoal para traçar algumas perspectivas sobre a passagem de jogador para treinador.

Aloísio é o caso mais recente de um jogador do F.C. Porto que terminou a carreira e integrou o quadro técnico do clube. Quem melhor poderia dar conselhos a Domingos neste momento? Em conversa com o Maisfutebol, o brasileiro traça uma observação serena da situação e dá alguns conselhos ao novo colega de profissão. 

«Para tomar esta decisão é porque foi feita uma proposta e se aceitou é porque está mentalizado que esta será a melhor opção. Todos sabemos que ele tinha intenção de jogar, mas, de qualquer forma, tenho de lhe desejar muita sorte para esta nova função, pois é importante que tudo corra bem. Espero que possa ter tanto sucesso como treinador, como teve quando era jogador», abordou Aloísio. 

O brasileiro avisa que este «é um processo diferente do seu»: «Eu era mais velho e, de alguma forma, já estava preparado para terminar a carreira, mesmo considerando aquela hipótese de poder sair para o estrangeiro que surgiu há duas épocas. É mais difícil para ele, do que foi para mim, e agora segue-se a fase de adaptação à nova função. Tive a felicidade de jogar até aos 37 e o Domingos terminou aos 32, quando ainda tinha tanto para dar ao futebol, mas acho que agora pode dar um contributo muito válido». 

Num momento em que é importante «aprender e perguntar muitas coisas», Aloísio deixa alguns conselhos a Domingos. «A posição de treinador é diferente, mesmo depois dos muitos anos que se tem como jogador, pois a maneira de estar tem de ser completamente diferente. Nestes primeiros dias ele vai ter de procurar assimilar o máximo possível a metodologia de trabalho, procurar aprender com os outros e perguntar sempre muito. Procurar absorver tudo». 

Aloísio serve-se da experiência que está a adquirir no primeiro mês de treinador-adjunto que está a viver para lançar algumas perspectivas sobre a profissão. «Por mais anos que se tenha como jogador há sempre situações diferentes. Agora já não recebemos ordens. Agora somo nós que as temos que dar e, por vezes, intervir junto dos atletas. A adaptação às novas funções é uma questão de tempo, pelo menos tem sido assim comigo e não tem sido difícil».

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