Pedro Nuno propõe a Montenegro "construir um acordo em 60 dias" para aumentar salários na administração pública

8 abr, 12:57
Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro no debate entre os líderes dos partidos com assento parlamentar (Lusa/ José Goulão)

Líder do PS enviou carta ao primeiro-ministro a disponibilizar-se para um entendimento que "permita encontrar soluções, se necessário em sede de orçamento retificativo", que "valorizem as carreiras e os salários" na saúde, segurança, justiça e educação

Pedro Nuno Santos volta a desafiar Luís Montenegro a encontrar soluções para professores, profissionais de saúde, forças de segurança e oficiais de justiça.

Numa carta dirigida ao primeiro-ministro, o secretário-geral do PS diz que está disponível para trabalhar num conjunto de matérias sobre as quais, sublinha, existe "um amplo consenso político e partidário" e refere ainda que esta solução pode passar por um orçamento retificativo.

"Dirijo-me a si na sequência da disponibilidade por mim já publicamente manifestada, reiterando o interesse do Partido Socialista em trabalhar em conjunto com o Governo com o objetivo de construir um acordo que permita encontrar soluções, se necessário em sede de orçamento retificativo, para um conjunto de matérias sobre as quais existe um amplo consenso político e partidário, manifestado durante a campanha eleitoral para as últimas eleições legislativas."

Pedro Nuno Santos diz que em causa está a valorização das carreiras e dos salários dos trabalhadores da administração pública, sendo que, em relação aos professores, o PS está disponível para apoiar a recuperação da totalidade do tempo de serviço, bem como a revisão da carreira docente.

"Está em causa a valorização das carreiras e dos salários dos trabalhadores da Administração Pública, em especial dos profissionais de saúde (de todos, não apenas dos médicos), das forças de segurança, dos oficiais de justiça e dos professores. Em relação a estes últimos estamos disponíveis para apoiar a recuperação da totalidade do tempo de serviço dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário, bem como uma revisão da carreira docente que permita reduzir o hiato entre os índices remuneratórios do início e do fim da carreira, de forma a torná-la mais atrativa."

O secretário-geral do PS termina a carta a referir que este acordo pressupõe uma negociação prévia com os sindicatos e diz estar certo que é possível chegar a uma solução no prazo de 60 dias.

"A disponibilidade do Partido Socialista para este acordo pressupõe uma negociação prévia com as organizações representativas dos trabalhadores. Estou certo de que será possível trabalhar no sentido de construir esse acordo num prazo de sessenta dias, por forma a resolver a situação destes profissionais da Administração Pública ainda antes do fim do período de funcionamento da Assembleia da República, em julho deste ano", finaliza.

A CARTA NA ÍNTEGRA

Carta ao PM by Andreia Miranda

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