"Não se habituem à guerra": o apelo da primeira-dama da Ucrânia à Europa

28 mar 2022, 02:37
Olena Zelenska, primeira-dama da Ucrânia. (Reprodução Instagram)

 

A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, pediu à Europa que não se habitue à ideia de ter uma guerra às suas portas, conforme o conflito se prolonga e começa a haver sinais de cansaço do Ocidente no acompanhamento da situação na Ucrânia. No século XXI, disse a mulher de Volodymyr Zelensky, é impossível a Europa habituar-se à guerra, ao facto de as crianças adormecerem ao som de bombas e não saberem se estarão vivas amanhã.

O apelo de Olena Zelenska foi feito durante o concerto-maratona "Save Ukraine", uma iniciativa de apoio à resistência ucraniana que juntou músicos de vários países, incluindo o português Salvador Sobral, que venceu o festival da Eurovisão em 2017.

"Todos os dias na guerra são como a vida. As nossas crianças estão habituadas a adormecer ao som de explosões. Mas eu peço-vos: não se habituem à guerra! Porque no século XXI na Europa não se pode habituar a que as crianças adormeçam ao som de bombas e não saibam se estarão vivas amanhã. Não se podem habituar às valas comuns em que cidades pacíficas se estão a transformar. A guerra na Ucrânia é uma guerra à porta da vossa casa. Mantenham-se abertos, mantenham-se recetivos. Mantenham-se do lado da paz e da humanidade. Então a vitória da Ucrânia será a vossa vitória!"

“A Ucrânia uniu realmente todo o mundo”, acrescentou a mulher de Volodymyr Zelensky, que assistiu ao concerto de caridade internacional, que juntou estrelas mundiais e artistas ucranianos, e que foi retransmitido em mais de 20 países. 

A participação da primeira-dama ucraniana no evento aconteceu através de uma mensagem em vídeo, na qual também agradeceu o apoio que o seu país tem recebido de primeiras-damas de todo o mundo. "Elas juntaram-se imediatamente numa frente de informação - dizem a verdade sobre a guerra na Ucrânia todos os dias, e recebem com hospitalidade mulheres e crianças ucranianas nos seus países. Isto é graças a todos os nossos amigos que tomaram a nossa dor como sua", acrescentou Olga Zelenska.

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