Benfica-Feyenoord, 2-1 (destaques)

2 ago 2001, 23:44

O brilho intenso de Mantorras O avançado Mantorras é uma referência para a equipa e um verdadeiro ídolo para os adeptos. Do outro lado estava Van Hooijdonk, sem espaço para brilhar.

Mantorras

É a estrela da companhia, a alegria dos adeptos, o perfume do futebol. Mantorras faz coisas bonitas, como diria João Tomás, marca golos e ainda se preocupa em levar a equipa para o ataque, enredando-a num sentido de ataque irresistível, porém raramente praticável num momento em que é difícil para quase todos os jogadores aguentarem o ritmo. Decidido e decisivo com a bola nos pés, o avançado não tem qualquer receio em pegar na bola e dirigir-se para a baliza, rematando com a mesma facilidade com que finta um adversário. Marcou o primeiro golo, numa brilhante combinação com Zahovic, nunca deixou de ser uma referência no ataque e ainda assistiu Sokota no lance que originou a grande penalidade. Com a entrada do croata, Mantorras descaiu para o lado direito, mas mesmo assim não caiu de produção. Ainda teve tempo para rematar de cabeça ao poste e fazer o 2-1 da vitória. 

Zahovic

É sempre assim nos inícios de época. Um pouco lento e nitidamente sem ritmo, o esloveno actuou em sub-rendimento, o que não o impediu de fazer algumas coisas bonitas, pois as qualidades continuam lá. Fica na memória o passe para o primeiro golo de Mantorras, simplesmente mágico, e mais algumas aberturas com sucesso para desmarcações de Drulovic. No segundo tempo decaiu de produção e a equipa ressentiu-se. 

Andersson

O sueco deu consistência ao meio-campo encarnado, jogando ao lado de Zahovic e ligeiramente à frente de Meira. Sem grande trabalho defensivo, arrojou-se a rematar e com algum perigo. A entrada de Ednilson na segunda parte, para o lugar de Andersson, levanta uma dúvida: quem deverá ser titular ao lado de Zahovic? o sueco ou o jovem português? Em boa verdade Ednilson jogou muito melhor do que Andersson, revelou-se igualmente consistente a defender e mais operante no ataque, ou melhor, a lançar o ataque. Uma dúvida para Toni. 

Drulovic

Ainda não se sente a influência dos seus passes no jogo ofensivo dos encarnados. Talvez por Mantorras gostar de jogar com a bola rasteira, bem colada aos pés, e por faltar uma referência de ataque em termos de finalização com a cabeça (Sokota e João Tomás entraram na segunda parte), o jugoslavo variou muitas vezes para o centro do terreno. Foi substituído por Porfírio, que nos poucos minutos que esteve em campo foi decisivo, fazendo a assistência para o segundo golo de Mantorras. 

Argel e Júlio César

É nitidamente a dupla de centrais mais forte do Benfica, apesar de João Manuel Pinto ter mostrado pormenores agradáveis na segunda parte e ainda há Caneira. Os dois brasileiros entenderam-se muito bem, nunca falhando no embate com o adversário, excluindo no lance do golo, em que Tomasson surgiu com alguma facilidade a rematar 

Van Hooijdonk

No regresso do holandês a Portugal, agora com a equipa do Feyenoord, pode-se dizer que não foi feliz. Lutou muito, teve poucos espaços e só conseguiu ganhar um lance aos centrais do Benfica, ainda no decorrer da primeira parte, obrigando Enke a efectuar uma defesa muito apertada. Foi ligeiramente assobiado por alguns adeptos, muito por culpa da sua própria aplicação no jogo, mas no final surgiu uma pequena recompensa, com uma das claques encarnadas a prestar-lhe homenagem, exibindo uma faixa em holandês. O avançado agradeceu e com palmas.

Benfica

Mais Benfica

Mais Lidas

Patrocinados