Presidente do Barcelona alerta para o perigo de «bancarrota» do clube
Josep Lluís Núñez, ainda presidente do Barcelona, mantém-se irredutível em não negociar a revisão do contrato de Luís Figo, defendendo que, além do contrato do internacional português ter sido renovado há um ano, tem de defender a filosofia económica do clube. Núñez diz que o Barça não pode da mais de 600 mil contos por ano a um jogador, alertando para o perigo «bancarrota» e de «hipoteca do clube».
O presidente do Barcelona recordou que há um ano o contrato de Figo foi revisto, com novas condições vantajosas para o jogador português que passou a receber cerca de 840 mil contos brutos por época, e assinalou o facto que, caso Figo deixe o clube, o Barça terá a receber 12 milhões de contos, o valor da sua cláusula de rescisão.
«É o jogador mais bem pago do plantel, com mais 38 por cento de salário do que o segundo jogador mais bem pago», referiu Núñez em relação a Figo advertindo para a repercurssão negativa no balneário e para a necessidade de manter um «tratamento proporcional num plantel de estrelas».
O actual presidente do Barça disse ainda que os pré-candidatos à sua sucessão não quiseram negociar uma melhoria de contrato de Figo numa reunião com o seu empresário, José Veiga, assinalando que poderiam ter chegado a um acordo vinculativo.
Ainda em relação a Figo, Núñez recordou o caso de Diego Maradona que custou quase 600 mil contos ao Barcelona e saiu para o Nápoles por cerca de 1,5 milhões de contos, assinalando a «sua obcessão em ir para Itália, por muitos motivos que não quero comentar, e sinto-me triste por não ter podido ajudá-lo mais, mas a sua continuidade era complicada».
