Entrevistado pelo Maisfutebol
- Como surgiu a oportunidade de jogar no Wasall?
- O actual treinador já me queria contratar há algum tempo, mas isso nunca foi possível. No Birmingham a minha situação não era muito boa. Apesar de ser o melhor marcador da equipa, o novo técnico deixou-me de fora vários jogos, porque apostou num outro avançado, recentemente contratado. Queria continuar a jogar, mas o treinador não me dava garantias. Como o meu contrato terminava no final da época, o Wasall ofereceu-me uma oportunidade e aceitei-a.
- É esquisito um treinador preterir o seu melhor marcador. Não concorda?
- Claro que sim. Porque exemplo, o capitão do Birmingham tinha sido muito regular desde há quatro anos para cá, mas também deixou de jogar. Há treinadores que gostam de pôr a jogar quem mais gostam, ou seja, alguém da sua confiança. Além do mais, o meu contrato termina no final da época e isso pesou. Mas no futebol nada me surpreende. No entanto, saio um pouco magoado com esta situação toda. Por isso, olhei pela minha vida e aceitei a oportunidade do Wasall, da Division One.
- Por aquilo que depreendo não irá renovar com o Birmingham?
- Já não estou no Birmingham. Agora, sou jogador do Wasall, com o qual assinei até ao final da época. Antes, tive clubes interessados como o Leicester, da First Division, mas o negócio não se concretizou porque o Birmingham pediu muito dinheiro. Fiquei chateado, como é óbvio, mas agora só tenho de trabalhar muito para arranjar um clube da Division One ou da First Division, quem sabe.
- E regressar a Portugal? Não é hipótese, neste momento?
- Para já, não penso nisso. Quero ficar em Inglaterra, pelo menos, mais duas temporadas. Penso assim, basicamente por causa das questões financeiras. Em Portugal a maior parte dos clubes não tem o dinheiro dos emblemas ingleses. Só os três grandes. Mas tenho saudades de Portugal. No entanto, vou passar aí o resto da minha vida, por isso tenho de tirar partido do que posso fazer agora e do que vou ganhar nos próximos anos.
