Comissão de Arbitragem da Liga saiu derrotada
A posição concertada esta manhã, na Assembleia Geral da Liga, pelos clubes foi imposta de forma quase unânime, o que se compreende, uma vez que quem apresentou a proposta (os clubes do G-18) são, simultaneamente, quem detém a maioria esmagadora dos votos da AG da Liga.
Se aparentemente os pontos em discussão não levantariam grande polémica ¿ votação de propostas de alteração de diversos artigos do regulamento de competições e votação das propostas de eliminatória do parágrafo único do artigo 23.º do Regulamento de Competições -, a verdade é que a diferença de visões dos clubes e da Comissão de Arbitragem da Liga criou uma situação de algum mal-estar.
A questão é relativamente fácil de explicar: os clubes, após reflexão no G-18, apresentaram um documento contendo uma série de propostas de alteração ao Regulamento de Arbitragem. O problema é que as pretensões dos clubes vão completamente contra as ideias da Comissão de Arbitragem da Liga. Este órgão apresentou à AG um outro documento, contendo propostas de alteração bem diferentes. No entanto, o documento da CA da Liga nem sequer chegou a ser discutido. Os clubes impuseram a sua vontade e aprovaram o documento que eles próprios apresentaram. As propostas de alteração da Comissão de Arbitragem, apesar de terem sido oficializadas, não mereceram a apreciação da Assembleia Geral.
Este desfecho terá causado algum mal-estar no seio da Comissão Executiva da Liga. Chegou a especular-se, nos corredores da assembleia, que Nuno Albuquerue, um ds vice-presidentes, terá mesmo ameaçado demitir-se, mas tal rumor não foi confirmado. «Não vou prestar qualquer declaração», limitou-se a dizer Nuno Albuquerque, à saída das instalações das Liga.
