Avançado foi um dos maiores ídolos dos adeptos da equipa escocesa
«F.C. Porto vai ganhar, mas não com muita facilidade», disse Jorge Cadete, jogador do Estrela da Amadora, a propósito do jogo F.C. Porto-Celtic Glasgow, encontro do grupo E da Liga dos Campeões. O avançado actuou no clube escocês nas épocas 1995/96 e 1996/97. Um dos momentos altos do português que se tornou um dos grandes ídolos dos adeptos, que lhe reconheciam as qualidades de goleador. Cadete marcou em 31 jogos, 25 golos. O jogador vai assistir à partida desta quarta-feira que «vai trazer sentimentos e recordações».
«Vivi grandes momentos com aquela camisola», referiu Cadete, que revelou não acompanhar com assiduidade a carreira da equipa. O jogador defende que é bom recordar, mas não agarrarmo-nos a memórias: «Não tenho uma ideia formada da equipa actual porque não tenho acompanhado o seu percurso. Existem apenas dois jogadores do meu tempo e o treinador é diferente. Para além disso, existem agora muitos jogadores estrangeiros que não conheciam a realidade de jogar na Escócia e trouxeram novas mentalidades. Sei que é uma equipa forte. Tenho alguns contactos na Escócia que, quando me ligam, me informam como está a equipa, mas não tenho informações concretas.»
Jorge Cadete acredita numa vitória portista e aponta o factor «casa» como um ponto que pode ser determinante na discussão do resultado: «Aqui vai passar-se o contrário do que aconteceu em Glasgow. No encontro da Escócia o Celtic tinha a motivação de jogar em casa. Este factor, tal como disse na altura, foi um incentivo. Agora o Celtic virá jogar mais retraído.»
A passagem pelo Celtic foi, por certo, o ponto alto do percurso futebolístico de Cadete, que conseguiu marcar numa época 25 golos, os mesmos que apontou na temporada 1991/92, quando jogava no Sporting, mas com menos três jogos realizados. Arrependido de sair da Escócia? Cadete demonstra que cada momento é vivido porque há decisões que têm de ser tomadas: «Não estou arrependido de ter saído do Celtic porque o fiz num momento alto da minha carreira. Saí para o Celta Vigo e é sempre motivante jogar em Espanha. Um dos melhores, senão o melhor campeonato do Mundo. Falar em arrependimento... As pessoas perdem oportunidades não por más decisões, mas sim por não tomarem as decisões.»
