Pizzi não acredita no regresso à Argentina

30 nov 2000, 14:19

O avançado assegura ter sabido do interesse do Independiente pelos jornais A ligação contratual com os portistas só termina em 2002 e Pizzi quer cumpri-la até ao fim. Na sua opinião, «não existem condições para regressar» ao seu país, apesar de estar «triste» por ter poucas oportunidades nas Antas.

Juan Antonio Pizzi não acredita no seu regresso imediato à Argentina e assegura que pretende cumprir o contrato com o F.C. Porto, que termina em Junho de 2002. A notícia do interesse do Independiente na sua contratação, veiculada ontem pelo jornal «Clarin», foi a única coisa que chegou aos ouvidos do avançado, pois afirma não ter sido contactado por ninguém. 

«Não sei mais do que já vi na imprensa argentina e portuguesa. Dizem que existe interesse em mim, mas ninguém falou comigo e o meu empresário até está lá, perfeitamente contactável», começou por referir quando abordado a propósito do eventual regresso ao seu país. À medida que o caso foi sendo aprofundado, Pizzi confessou estar totalmente tranquilo e não acreditar nessa eventualidade: «Não creio que haja possibilidade de ir para a Argentina neste momento. Primeiro, porque estou muito contente no Porto, tanto a nível social, como desportivo; depois, porque estive os últimos anos por lá e penso não existirem condições, nomeadamente em termos sociais, de insegurança, financeiros e, mesmo, desportivos». 

O facto de entrar poucas vezes nas opções de Fernando Santos não lhe retira qualquer tipo de motivação quanto ao futuro. «É claro que estou triste por não jogar mais vezes, gostava de ser utilizado frequentemente. De qualquer forma, trabalho muito e esforço-me sempre ao máximo para estar pronto para jogar. Tenho a consciência que nesta altura é complicado entrar na equipa, pois o rendimento tem sido muito sólido. Esta a realidade e eu tenho de encará-la com naturalidade, não posso fazer nada, pois não sou eu que faço as escolhas», assinalou sem dramatizar e vincando que «esta é uma situação que o profissional tem de saber viver. É certo que nos últimos tempos na Argentina estive poucas vezes no banco, e confesso não gostar, mas faz parte da minha profissão». 

Pizzi está consciente da realidade, por isso revela ser uma pessoa «bastante flexível» no que diz respeito a transferências para outros clubes. É por esse facto que advoga não rejeitar qualquer opção do clube quanto ao seu futuro. «Se o Porto quiser vender-me ou emprestar-me com certeza que vou adaptar-me à situação, como sempre fiz. Nesse aspecto sou muito compreensivo e não haverá qualquer problema», no entanto, o jogador prefere pensar em cumprir o contrato nas Antas até ao fim.

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