«Air» Cândido

5 jan 2001, 14:13

Treino de basquetebol no F.C. Porto Trabalho diferente, com as mãos, a trocar o objectivo baliza pela pontaria exigida no lançamento ao cesto. O F.C. Porto treinou no pavilhão no último dia da preparação para o jogo com o Estrela. Os jogadores gostaram.

Gritos eufóricos, cumprimentos ao melhor jeito americano, peitos a chocarem na forma de festejo peculiar. Tudo ao estilo da NBA. Os jogadores imaginavam-se no centro de um Madison Square Garden lotado, num ambiente ensurdecedor, capaz de lhes arrancar o máximo do empenho. Tudo por grandes jogadas, tudo por pulos imparáveis. 

Cândido, o mais efusivo, arranhava o inglês, perdido a meio de um sonho autorizado pela chuva que obrigou Fernando Santos a trocar a relva pelos tacos do Pavilhão Américo de Sá. «Hit de ball, Capucho!». O extremo limitava-se a sorrir, acedendo ao pedido do companheiro, prontificando-se a atacar a bola. Cândido queria mais. Estava divertido e confiava que todos se divertiam. O drible, por vezes trapalhão, muitas vezes condicionado por quem prefere os pés para os malabarismos mais supreendentes, aproximava-os dos basquetebolistas a sério e conferia veracidade ao decalque. 

Fernando Santos deixava-se convencer e ria. O treino previsto estava previamente comprometido e só lhe restava fazer cumprir o esquema de trabalho alternativo, iniciado pelo físico, a cargo de Vítor Frade. O basquetebol viria depois, para revelar as capacidades de Pavlin, um bom executante, e a alegria de Cândido, talvez o maior animador da manhã. Tudo terminaria ao cabo de uma hora. O plantel regressava ao balneráio para conhecer a convocatória para o jogo com o Estrela da Amadora.

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