«O campo estava inclinado», ironiza Mourinho (F.C. Porto)

8 out 2002, 00:31

Beira Mar-F.C. Porto, 1-1 (reportagem) O treinador do F.C. Porto queixou-se do árbitro e afirmou que a sua equipa perdeu o domínio no segundo tempo.

José Mourinho ficou contente com o trabalho da equipa do F.C. Porto no empate diante do Beira Mar (1-1), a contar para a sexta jornada da Superliga. O técnico portista insurgiu-se antes contra a actuação do árbitro setubalense João Ferreira, dizendo que, na segunda parte, o «campo estava inclinado».

«Entrámos bem no jogo e com a superioridade que conseguimos impor sobre o Beira Mar poderíamos ter feito o segundo golo e sentenciado praticamente o jogo», começou por analisar José Mourinho. «No entanto, chegámos ao intervalo com 1-0. Senti que poderíamos entrar no segundo tempo com a mesma toada pressionante, mas o jogo ficou diferente e o Beira Mar conseguir conquistar algum domínio», afirmou.

José Mourinho encontrou explicação «natural» para o facto do Beira Mar ter chegado à igualdade. «O campo estava inclinado», disse, pedindo aos jornalistas para que não lhe pedissem mais explicações. «Cada vez que subíamos no terreno, havia uma falta por trás, ou uma falta para cartão amarelo, por isso digo que o campo estava inclinado», explicou, acrescentando que o Beira Mar «soube defender-se bem.»

O técnico do F.C. Porto encontrou um lado positivo no empate obtido nesta segunda- --feira em Aveiro. «Chegámos aqui com 13 pontos, com vários líderes e saímos daqui com 14 pontos e isolados no comando da Superliga.» José Mourinho afirmou-se satisfeito com o rendimento dos seus jogadores, admitindo que «se fossem mais incisivos no ataque, poderiam ter chegado a uma vantagem irreversível.»

Agora, o próximo jogo do F.C. Porto é com o Benfica. José Mourinho criticou o facto de não ter todos os jogadores à sua disposição devido aos compromissos com as selecções: «Não vamos conseguir preparar muito bem o jogo, porque vamos ter jogadores nas selecções. Mas o mesmo acontece com o nosso adversário, por isso...Acontece que se fosse feito o mesmo que se faz noutros países, talvez não devesse acontecer jogos depois desses compromissos», opinou o técnico portista.

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