Da parte de um grupo empresarial O presidente da Câmara Municipal do Porto louvou a iniciativa do presidente da República, que recebe entidades do Euro 2004.
Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, confirmou nesta quarta-feira que lhe foi dado conhecimento da proposta de um grupo empresarial para o desbloqueamento do processo de construção do novo Estádio das Antas.
Este grupo está disposto a pagar 80 milhões de euros (16 milhões de contos) pela área que a autarquia pretende ver explorada comercialmente, menor que a prevista antes do estalar da polémica. Esta verba é igual à que o F.C. Porto diz ter acordado com o grupo Amorim pela área inicialmente em questão (mais 30 mil metros quadrados para um centro comercial).
Rui Rio disse após o encontro desta tarde com o presidente da República que «essa questão terá de ser resolvida pelos investidores privados», mas revelou já conhecer a ideia do grupo empresarial, cuja composição é por enquanto mantida em segredo: «Na sexta-feira, quando pararam as obras, procurei que se arranjassem investidores para cobrir os 16 milhões de contos necessários. Hoje há algo de mais concreto. Não conheço a proposta, deram-me apenas conhecimento dela. Não sei quando serão retomadas as obras, mas é preciso desbloquear a situação o mais depressa possível.»
O presidente da Câmara do Porto, protagonista nas últimas semanas devido à polémica da construção do novo estádio, louvou a iniciativa de Jorge Sampaio, que hoje chamou ao Palácio de Belém as entidades envolvidas na organização do Euro 2004: «Esta intervenção do Presidente da República é de extraordinária importância para resolver o caso do Porto. Tirou uma forte carga emocional e trouxe calma e racionalidade. Agora há condições e bom senso para se poder falar. Não se resolveu nada aqui, apenas se deu conta da situação ao presidente e tudo se acalmou. Vamos tentar que haja Estádio das Antas, já que tem de haver Euro 2004 em Portugal e o Porto tem de ter um estádio com 50 mil lugares.»
Rui Rio prometeu «empenho para a resolução do problema» e deu conta de um conselho do presidente da República: «Por indicação do dr. Jorge Sampaio, não respondo a perguntas que incluam pormenores, coisas miúdas, a fim de não alimentar mais a polémica.»
