«Crise das Antas»: grupo empresarial oferece solução para o novo estádio

6 mar 2002, 18:03

Os mesmos 80 milhões de euros pela área comercial pretendida pela Câmara Grupo empresarial diz-se disposto a pagar o mesmo que o acordado entre o grupo Amorim e o F.C. Porto.

Um grupo empresarial português, cuja composição permanece em segredo, manifestou nesta quarta-feira disponibilidade para viabilizar a construção do novo Estádio das Antas nos termos exigidos pela Câmara Municipal do Porto.

O presidente da APEMI (Associação Portugesa de Empresas de Mediação Imobiliária) apresentou esta manhã a proposta ao presidente da autarquia, Rui Rio, garantindo que o referido grupo está disposto a comprar os 217 mil metros quadrados da área prevista pela Câmara para habitação, comércio e serviços pelo mesmo dinheiro que o F.C. Porto terá acordado com o Grupo Amorim, 80 milhões de euros (16 milhões de contos).

José Macedo confirmou a notícia à agência Lusa, afirmando que o grupo em questão aceita a redução da área de comércio de 40 para 10 mil metros quadrados, tal como pretende a Câmara Municipal.

O presidente da APEMI assumiu que o grupo empresarial «está disposto a assinar um cheque hoje mesmo» a fim de que sejam de imediato retomadas as obras do estádio, canceladas na passada sexta-feira por Pinto da Costa, presidente do F.C. Porto, devido a falta de garantias de financiamento.

José Macedo defendeu ainda que o Grupo Amorim não terá direito a qualquer verba de compensação, uma vez que «se quer prescindir do negócio só tem de ceder a posição». O dirigente da APEMI admite, quando muito, o pagamento de juros, mas sublinha que «o acordo do grupo Amorim com o F.C. Porto foi feito com premissas que não se concretizaram, uma vez que o Plano de Pormenor das Antas ainda não foi aprovado».

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