Central brasileiro só foi utilizado uma vez, mas ninguém lhe tira a faixa...
Ser campeão por ¿ oito minutos. Marçal, o defesa-central brasileiro do Boavista, ficará com uma recordação agridoce da época que está prestes a terminar. Amarga porque, afinal de contas, quase não teve oportunidades de se impor na equipa. Jogou apenas oito minutos, no final do encontro da primeira jornada, em Aveiro, que os axadrezados venceram por 4-2. Mas doce porque Marçal levará do Bessa um título. Que também é seu.
Em conferência de Imprensa realizada ao final desta manhã, o jogador não escondeu alguma tristeza: «Claro que gostava de ter jogado mais vezes. Trabalhei para isso e não foi fácil fazer a época à espera de uma oportunidade que não chegou».
Apesar de tudo, Marçal não mostrou com mágoa com ninguém do Bessa: «O treinador fez as suas opções. Respeito-o por isso. Aqui todos me trataram bem, tratam todos por igual, ninguém é melhor do que ninguém... E viram-se os resultados: o Boavista foi campeão».
E será que Marçal sente este título do mesmo modo que sentiria se tivesse jogado mais vezes? O brasileiro pára um pouco para pensar e acaba por dar uma resposta pragmática: «Bom, igual, igual nunca é, porque só joguei oito minutos... Claro que queria ter participado mais».
Mantendo o discurso realista, Marçal sabe que muito dificilmente terá hipóteses de integrar o plantel do Boavista na próxima época: «Sei que é difícil, porque quase não joguei. Estou em final de contrato, ainda ninguém da SAD falou comigo. Eu quero jogar... Será difícil chegarmos a acordo».
Mesmo assim, Marçal mostrou vontade de permanecer em Portugal: «Na minha vida de jogador, joguei sempre. Nunca me tinha acontecido uma época como esta... Fui campeão brasileiro pelo Vasco, campeão da Guanabara pelo Flamengo. Gostava de na próxima época jogar mais vezes».
