«Sinto-me muito capaz» O guardião admite que pode melhorar bastante, mas garante já se sentir muito capaz.
Moreira é o titular do Benfica, mas está longe de se considerar um guarda-redes completo. «Nenhum guarda-redes sente isso. Aos 30, aos 33 anos ainda há muito para aprender. Como se costuma dizer, aprendemos até morrer.»
No Benfica falou-se durante todo o Verão na possibilidade de ser contratado mais um guarda-redes. Moreira diz que o assunto lhe passou ao lado - «não me diz respeito quem contratam ou não, mas se vierem guarda-redes é para melhorar o plantel do Benfica» -, admite que terá alguns defeitos, «como todos os guarda-redes», mas também muitas qualidades, que lhe dão confiança.
«Tenho consciência das minhas capacidades e defeitos, mas sinto-me muito capaz. Pelo facto de começar a jogar novo posso adquirir experiência mais cedo.» Sem revelar quais os pontos em que se considera mais fraco, Moreira responde apenas que as suas saídas da baliza vão melhorar com «rotina de jogo». «Quanto mais confiança se tiver e quanto mais se treinar melhor se defende, melhor se sai dos postes.» Instado a nomear um jogador da I Liga que não gostasse que lhe aparecesse à frente, isolado, veio ao de cima o companheirismo: «Nuno Gomes, Fehér, Mantorras...»
A consciência de que tem ainda muito para aprender fê-lo encarar com naturalidade a chamada à selecção de esperanças, em vez de uma eventual convocatória para a equipa principal dentro de uma lógica de prometida renovação. «Trabalho para evoluir e dar um passo de cada vez. Não quero dar um grande salto para depois recuar. Para já quero afirmar-me no Benfica.»
A afirmação prossegue amanhã em Aveiro, no jogo com o Beira Mar da segunda jornada da I Liga. «Não estou muito preocupado com o Beira Mar, confio inteiramente na minha equipa, por isso não espero muito trabalho. Em todos os jogos em que o Benfica entra sente dificuldades, não por falta de capacidade, mas porque as outras equipas se motivam muito. Vamos preocupar-nos connosco para ultrapassar as dificuldades.»
Quanto às alterações no sector defensivo - Cabral e Ricardo Rocha vão ser substituídos por Cristiano e Argel - estão longe de o incomodar. «O Benfica tem 27 jogadores de qualidade, jogando um ou outro não se notam diferenças», garantiu.
