Pacheco, o início de uma nova etapa

18 fev 2001, 16:50

Ex-jogador do Benfica e Sporting estreia-se como treinador Está no banco como treinador, pela primeira vez. Pacheco deixou de jogar e estreia-se este domingo como treinador. No Atlético, o clube onde começou, e em Portimão, a sua cidade.

Aos 34 anos, António Pacheco terminou a carreira de futebolista para enveredar pela de treinador. No Atlético, clube onde iniciou a época como jogador. A saída de Bastos Lopes do clube da Tapadinha apressou-lhe a estreia, que, quis o destino, acontece em Portimão, a sua cidade.  

«Parece que é de propósito. Estreei-me na primeira divisão neste estádio, estreei-me como titular pelo Benfica também neste estádio, e quis o destino que o meu primeiro jogo como treinador fosse aqui, o que me deixa muito orgulhoso e é um bom sinal», começou por dizer Pacheco ao Maisfutebol. 

Hoje, frente ao líder (Portimonense) da zona sul da II divisão B, Pacheco espera ter os mesmos êxitos iniciais. «Ganhei os dois jogos, isso é um bom sinal. Esperemos que tal continue a suceder da mesma maneira.», afirmou. 

Passavam quarenta e seis minutos das treze horas deste domingo quando o autocarro que transportou a equipa do Atlético entrou nas instalações do Estádio do Portimonense S.C.. Pacheco, mal saiu do autocarro foi efusivamente cumprimentado por funcionários do clube. «Senti uma enorme alegria, Portimão é a minha cidade. Joguei aqui e sempre fui acarinhado pelas pessoas da cidade. Regressar a Portimão é como regressar a casa e sempre um motivo de grande satisfação.» 

Uma hora e meia antes do início do jogo, Pacheco, a sós, deu uma volta pelo relvado fumando um cigarro. Nervoso? «Não», responde. «Estive a analisar o estado de terreno para poder ver que tipo de jogadores é que poderei utilizar.» 

A saída de Bastos Lopes do comando técnico da equipa alcantarense, apressou o inicio da nova etapa da vida de Pacheco, que uns dias antes tinha terminado a carreira de futebolista.  

«Devido às circunstâncias, acaba por ser o momento ideal. Tinha posto termo à carreira de jogador duas semanas antes de iniciar estas minhas novas funções, e não sabia o que é que me poderia acontecer nessa altura.», considera. 

«Independentemente da experiência que possa ter ou não, entro agora numa fase em que tudo é novidade. Quero pensar apenas no dia a dia e o futuro, se será risonho ou não, logo se verá. Ambiciono coisas boas como toda a gente, que é um direito de qualquer mortal, e encaro a minha nova carreira com muita calma», garante. 

O facto de iniciar as novas funções no Atlético, orientando jogadores que até há pouco tempo eram seus colegas de equipa, poderá facilitar as coisas, defende: «No fundo eu acabo por continuar a ser colega deles, só que a exercer uma função diferente. Nem quero estar acima de ninguém.» 

Enquanto jogador, Pacheco foi orientado por muitos e bons treinadores, e de todos guarda recordações. «Foram cerca de dezassete anos a jogar como profissional e tive muitos treinadores, com quem se aprende sempre, quer pela positiva, quer pela negativa.», conclui.

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