ANTF reunida em congresso no Europarque

14 jun 2001, 13:52

Três dias para eleger nova direcção e discutir assuntos do futebol

José Pereira, actual presidente, e Américo Pereira lideram as duas listas concorrentes à Associação Nacional de Treinadores de Futebol, que se reúne em congresso desde esta manhã de quinta-feira até sábado, no Europarque, em Santa Maria da Feira. 

A eleição de novos corpos gerentes é apenas um pontos previstos para este congresso, no qual também serão discutidos temas como a formação de treinadores, a regulamentação e leis de jogo e futebol de sete, futsal, campos sintéticos, ciência aplicada ao futebol, análise dos quadros competitivos nacionais, a selecção nacional, entre outros assuntos. 

O tema da formação terá como principal palestrante Fiúza Fraga, director do Centro de Estudos para a Formação Desportiva (CEFD). Os trabalhos do congresso serão encerrados por José Lello, o ministro do Desporto. 

Relatório aprovado por maioria 

A manhã desta quinta-feira, fase de arranque deste congresso de três dias, foi reservada à discussão e votação do relatório de actividades dos últimos dois anos, apresentado pela Direcção da ANTF. O relatório foi aprovado com maioria simples, tendo contado com quatro voto contra e seis abstenções. Américo Pereira, candidato à presidência pela lista B, fez, inclusivamente, uma declaração de voto. 

Um dos pontos mais polémicos já discutidos teve a ver com a questão da intervenção da ANTF em questões como a mudança de treinadores de um clube para o outro na mesma época, o desemprego na classe ou as habilitações necessárias para se treinarem clubes da I e II Ligas. Estas questões não são pacíficas no seio da classe: alguns treinadores intervieram no congresso defendendo a ideia de que um treinador não deveria orientar mais do que um clube na mesma época, tese contrariada pela maior parte dos congressistas.  

Já em relação às habilitações, parece mais ou menos consensual a necessidade de um treinador principal na I e II Ligas ter que dispor do curso de IV nível, sendo que pelo menos um dos adjuntos deva ter o curso de II nível. Porém, é sabido que na época que terminou havia alguns treinadores da I e II Ligas sem essas habilitações. A propósito dessa matéria, José Pereira, o presidente da ANTF, defendeu que «os treinadores já estão tão fartos de serem penalizados pela Federação e pela Liga que a ANTF entendeu não os carregar com mais sanções ainda».

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