Não há amor que resista
Em Dia dos Namorados o Sporting voltou a desiludir os adeptos ao perder em casa diante do Villarreal. 0-1 na primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa. Não há amor que resista a estes últimos resultados e por isso houve cânticos, assobios e lenços brancos em Alvalade.
Marcel Keizer fez sete alterações e colocou Salin, Bruno Gaspar, André Pinto, Miguel Luís, Petrovic, Jovane e Raphinha no onze titular, fazendo Acuña recuar na esquerda. Um onze surpreendente diante de um frágil Villarreal.
Pensava-se frágil mas não foi assim tanto, à imagem do que também já se tinha visto esta época. É que apesar de estar em penúltimo lugar na Liga espanhola, o Villarreal chegou a Alvalade sem nenhuma derrota na Liga Europa, na qual mediu forças com o Rapid Viena, o Glasgow Rangers e o Spartak Moscovo. E saiu de Lisboa também sem saber o que é perder.
Para isso valeu-lhe o golo madrugador em Alvalade: Chukwueze deixou Acuña para trás, cruzou para a área onde a bola sofreu um desvio acabando por sobrar para Pedraza que, entrou de rompante, e não desperdiçou.
0-1 no marcador, balde de água fria em Alvalade, logo aos três minutos e quando alguns adeptos ainda nem se tinham sentado.
87 minutos para jogar e o Sporting a correr atrás do prejuízo, mais uma vez. Mas se noutras ocasiões os leões ainda conseguiram acordar a tempo, diante do Villarreal isso não aconteceu. Primeira parte fraca com várias perdas de bola, desacertos, sem ocasiões e algum desespero.
Azar, também: aos 27 minutos Bruno Gaspar lesionou-se sozinho e Keizer foi obrigado a mexer, entrando Ristovski para o lado direito da defesa.
Valeu ao Sporting o facto de o Villarreal também não ter feito muito mais do que o golo.
Na segunda parte o encontro melhorou, mas só na última meia-hora é que o Sporting se mostrou mais perto de conseguir empatar. Primeiro por Coates e a seguir por Bas Dost, que fez Andrés Fernández brilhar: o holandês recebeu de Raphinha e cabeceou para enorme defesa do guardião do Villarreal.
Pouco depois, e já com Luiz Phellype e Wendel nos lugares de Jovane e Petrovic, foi o ferro a evitar o 1-1 de Raphinha.
O Sporting mostrava sinais de melhoria com 15 minutos para jogar, mas ficou a jogar em inferioridade numérica após expulsão de Acuña: na primeira metade o argentino tinha visto cartão amarelo por protestos (mais um!) e depois voltou a vê-lo por uma falta imprudente.
Ficou tudo mais difícil, incluindo os oitavos de final da Liga Europa. A segunda mão joga-se dentro de uma semana em Espanha e o Villarreal vai na frente com um precioso golo marcado fora.
Os espanhóis, além disso, ainda saíram galvanizados por terem voltado aos triunfos após 10 jogos sem vencer.
