Nacional: José Peseiro sem medo do desafio da I Liga

3 jul 2002, 00:18

A estreia no escalão principal O treinador quer manter o estilo de jogo que permitiu a subida à I Liga.

A filosofia de José Peseiro neste seu trajecto no Nacional, foi sempre a vencer e da II Divisão B levou o clube até à I Liga. Quem o conhece sabe que é defensor de um estilo de jogo muito ofensivo, quer seja na Madeira ou fora de portas. Nesta sua estreia no escalão principal, o técnico «alvinegro« promete uma equipa de ataque até porque tem as «costas quentes». O presidente Rui Alves também é um homem que gosta de arriscar.

Boa disposição para este regresso ao trabalho. O semblante de José Peseiro assim o demonstra. E sem rodeios falou bem ao seu jeito à comunicação social sobre os objectivos para a temporada que começou esta terça-feira.

«O Nacional regressou ao escalão principal após 11 anos e eu nunca fui treinador de I Liga. Como tal, o nosso grande objectivo é a manutenção e que daqui a um ano possamos estar de novo aqui a planear uma nova época na I Liga», referiu. E sobre os reforços: «Todos os treinadores gostariam de ter os melhores jogadores do Mundo. Mas agora este jogadores são os melhores para mim e para esta direcção».

São 14 os reforços conseguidos pelo Nacional para «atacar» a I Liga. Este facto não assusta José Peseiro. «A estabilidade de uma equipa que faz 14 reforços não é a mesma que só adquire dois ou três. Isso é evidente. Mas a situação que o Nacional vive presentemente com este regresso à I Liga, é diferente dos outros clubes. Temos que gerir os recursos e é normal que tenhamos uma maior apreensão e que questionemos melhor os recursos ao nosso dispor. Isso levou ao aumento do plantel».

Com as «costas quentes»

Neste seu primeiro ano como treinador na I Liga, Peseiro está sem medo de ser inexperiente. «Não tenho medo de nenhum desafio. Estou preparado para ser treinador da I Liga, porque também sei que não sou um 'sabe tudo', nem ninguém o é. Questiono-me todos os dias. A experiência vai adquirindo-se e como tal, este também é um momento de aprendizagem para mim. Espero que para o ano seja já um treinador mais forte na I Liga».

Peseiro sempre apostou numa filosofia de ataque. E agora? Não teve rodeios. «A Vontade de vencer e jogar de forma ofensiva vai manter-se. Não é só vontade do treinador, mas quem conhece bem o presidente, também sabe que ele gosta de arriscar, não só da forma opina. É um homem de ataque e de risco, e sujeito aos normais dissabores. Talvez por isso também escolheu um projecto e um treinador de ataque. Sinto-me com as costas quentes, porque sei que posso jogar ao ataque e perder, pois ele não fica triste. Fica triste sim, quando jogamos à defesa».

Questionado sobre o mini-campeonato entre Marítimo e Nacional, Peseiro não concordou com esta ideia. «Não há mini-campeonato com o Marítimo, mas sim um com todas as equipas da I Liga. Felizmente penso que todos os madeirenses nesta altura devem estar «em pulgas» para recordar um derby Marítimo-Nacional. Vai ser, por certo, uma rivalidade saudável. Queremos é ver os estádios cheios, que a comunicação social ainda dê maior atenção e que sejam bons espectáculos. E obviamente que o Nacional vença esses jogos».

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