Conselho Constitucional francês aprova aumento da idade mínima da reforma para os 64 anos

CNN Portugal , DCT, com Lusa
14 abr 2023, 17:15
França está a arder contra o aumento da idade da reforma (AP)

Foi rejeitado o pedido de referendo de iniciativa partilhada sobre a reforma das pensões

O Conselho Constitucional francês validou esta sexta-feira o essencial do projeto de revisão da lei das pensões, um dos principais objetivos do segundo mandato presidencial de Emmanuel Macron, contra o qual sindicatos, oposição e manifestantes protestam há meses.

Os membros do Conselho Constitucional censuraram alguns aspetos secundários do diploma, mas não alteraram a sua principal medida, que aumenta de 62 para 64 anos a idade legal de aposentação em França, segundo um comunicado daquele organismo

Nove membros aprovaram esta decisão, mas outros rejeitaram algumas medidas do projeto do governo, como a criação de um “índice sénior”, diz o Le Figaro. Foi também rejeitado o pedido de referendo de iniciativa partilhada sobre a reforma das pensões.

Marine Le Pen foi das primeiras a reagir. No Twitter, escreve que o povo tem de “preparar a alternativa que voltará a esta reforma inútil e injusta”.

Jordan Bardella, presidente do Reagrupamento Nacional, é também crítico à decisão e diz que “Emmanuel Macron não poderá esconder-se atrás da decisão que de forma alguma fecha o debate”. 

Segundo o Le Monde, também Jean-Luc Mélenchon afirma que “a luta continua”, criticando a decisão tomada esta sexta-feira.

O Ministério do Interior francês estimou em cerca de 380.000 os manifestantes que na quinta-feira saíram à rua em França, na 12.ª jornada de protesto contra a lei das pensões, enquanto a central sindical CGT contabilizou “mais de 1,5 milhões”.

Tanto para as autoridades como para os sindicatos, a contestação pareceu hoje registar um recuo na mobilização na maioria das cidades do país.

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