FMI alerta EUA para “caminho apertado para evitar recessão”

Agência Lusa , FMC
24 jun 2022, 23:00
Sede do FMI em Washington

A instituição financeira anunciou ainda o corte da previsão do crescimento dos EUA para 2,9% em 2022 e 1,7% em 2023

Os Estados Unidos estão num “caminho apertado” para evitar uma recessão face à inflação e aos aumentos das taxas de juros, disse esta sexta-feira a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou ainda o corte da previsão de crescimento dos Estados Unidos para 2,9% em 2022 e 1,7% em 2023.

A instituição projeta agora uma expansão de 2,9% para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos em 2022, perante os 3,7% projetados em abril.

Para 2023, o crescimento vai cair para 1,7%, de acordo com as novas projeções do FMI.

Kristalina Georgieva pediu também a anulação de taxas restritivas ao comércio, impostas há cinco anos, para “impulsionar o desempenho económico e aliviar as restrições de oferta”.

FMI cortou a previsão de crescimento da economia mundial para este ano em 0,5 pontos percentuais (pp.) para 4,4%, de acordo com o relatório divulgado em janeiro, antes do início da guerra na Ucrânia.

“O crescimento global é estimado em 5,9% em 2021 e deverá moderar para 4,4% em 2022, meio ponto percentual abaixo do que nas Previsões Económicas Mundiais de outubro de 2021”, podia ler-se na atualização publicada pelo FMI.

Segundo a instituição, a revisão refletia o impacto das restrições de mobilidade, do encerramento de fronteiras e do efeito na saúde da propagação da variante Ómicron, com um peso diferenciado de país para país.

“O impacto negativo deverá desaparecer a partir do segundo trimestre, assumindo que o aumento global de infeções por Ómicron diminui e o vírus não sofre mutações para novas variantes que exigem mais restrições de mobilidade”, explicava o FMI.

De acordo com a instituição presidida por Kristalina Georgieva, o corte da estimativa é amplamente afetado pela revisão em baixa das projeções para as duas maiores economias mundiais.

O FMI previa que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos crescesse 4% este ano, menos 1,2 pp. do que no relatório de outubro, e o da China avançasse 4,8%, menos 0,8 pp. do que previa anteriormente.

O FMI estimava ainda que o crescimento da economia mundial pudesse continuar a desacelerar em 2023 para 3,8%, contudo 0,2 pp. acima do que estimava anteriormente, mas um resultado sobretudo “mecânico”.

E.U.A.

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