Das lágrimas do patrão Enzo ao talismã que chegou para a baliza

21 abr 2014, 11:45
Benfica vs FC Porto (LUSA)

Médio argentino assumiu o meio-campo e foi decisivo nos jogos contra o FC Porto e o Sporting

As outras figuras:


As lágrimas de Enzo Perez no final da Liga Europa perdida para o Chelsea deixaram uma das imagens mais fortes da época passada do Benfica. Quando um jogador é assim, raçudo, cheio de coração, parece que merece menos perder do que os outros.

Este campeonato foi a vingança de Enzo. Transformou a tristeza em vontade, correu de um lado ao outro do campo e, ao lado do 1,94 ou 1,85 metros de Matic ou Fejsa, foi ele o «gigante» do miolo.

É verdade que nem sempre o sacrifício foi utilizado em qualidade e que, por vezes, a razão devia ter prevalecido sobre a emoção. O gesto feito ao árbitro no jogo com o Arouca valeu-lhe um castigo para lembrar isso mesmo. E ainda foi o terceiro jogador mais indisciplinado do Benfica, com seis cartões amarelos.

No entanto, a raça também serviu para pegar na equipa quando foi preciso. Recuar até aos centrais, pedir a bola, conduzi-la calmamente e entregá-la aos pés dos colegas da frente, tudo isso mostrou que era o homem certo para o fazer. Se o Benfica teve um patrão esta época, esse patrão foi Enzo Pérez.

Ainda por cima, soube escolher as suas vítimas. Primeiro o FC Porto, na Luz, quando ajudou a roubar a bola no primeiro golo, de Rodrigo, e marcou o canto que deu o segundo, de Garay. Ainda voltaria a fazer estragos ao dragão, convertendo o penálti da reviravolta para a Taça de Portugal. Isto, já depois de outros três golos marcados ao P. Ferreira, à Académica e ao Sporting.

Aliás, este último golo merece um parágrafo só para ele. O argentino recupera a bola, ultrapassa os adversários em velocidade e a maneira como finta Eric Dier antes de rematar simplesmente não se faz. O que aconteceu depois? Enzo chorou. Só que, agora, de alegria.

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