Bobby Charlton

10 nov 2000, 22:15

Inglaterra

Avançado

Nascido em 11/10/1937

Jogou entre 1955 e 1973 

TRÊS RAZÕES PARA VOTAR 

1. Um título mundial (1966). Três campeonatos e uma Taça de Inglaterra, uma Taça dos Campeões, um troféu para melhor jogador europeu (1966). 106 jogos pela selecção, 49 golos, 751 jogos pelo Manchester United (247 golos). 

2. A expressão perfeita para a aristocracia inglesa aplicada ao futebol: nunca foi expulso, nunca discutiu com um árbitro, nunca respondeu a entradas duras, nunca se lhe ouviu uma declaração polémica. A sua carreira ajudou mais do que qualquer outra coisa a sarar as feridas no orgulho britânico provocadas pela segunda Guerra Mundial e pelo fim do império. 

3. Uma modéstia incomparável, em parte moldada pelo terrível acidente aéreo que em Fevereiro de 1958 provocou a morte de sete jogadores do Manchester United. Bobby Charlton, então com 20 anos, assumiu o desafio lançado por Matt Busby: tornar-se a referência de um novo Manchester, que atingiria a consagração suprema dez anos depois da tragédia. «Acho que cheguei demasiado cedo à selecção. Provavelmente as pessoas tiveram pena de mim, por ter estado envolvido no acidente de Munique. A verdade é que em toda a minha vida tive sorte».  

E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR 

1. Foi o primeiro a levar para os relvados um pavoroso estilo de penteado destinado a disfarçar uma indisfarçável calvície: os escassos fios de cabelo que lhe restavam eram aproveitados até à exaustão, atravessando toda a calote craniana, num penoso exercício de fuga às evidências. 

2. Estamos todos de acordo, a começar por ele próprio: o seu talento não se comparava aos de Pelé, Cruijff, Maradona, Di Stéfano, Puskas e outros. O currículo também não. Está bem que foram os ingleses a inventar tudo isto, mas convém não exagerar nos agradecimentos. 

3. Marcou os dois golos que afastaram Portugal da final do Campeonato do Mundo de 1966. E só porque a Inglaterra jogava em casa.

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