"Choque de preços continuará a marcar a vida de todos", prevê Medina

Agência Lusa , BCE
11 nov 2022, 18:43
Fernando Medina, ministro das Finanças. Conferência “Olhando para o Orçamento de 2023”. 12 outubro 2022. Foto: Carlos M. Almeida/Lusa

Ainda assim, o ministro acredita que Portugal “está em condições de voltar a ter em 2023 uma economia com melhor desempenho entre as economias europeias”

O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou esta sexta-feira que o choque de preços continuará a marcar a vida de todos, uma vez que, apesar de se prever uma redução no próximo ano, a inflação continuará elevada.

“A inflação é uma das variáveis mais difíceis de antecipar, mas é seguro afirmar que o choque de preços continuará a marcar a vida de todos”, disse Fernando Medina durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças, no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

O ministro das Finanças assinalou que as últimas previsões antecipam uma descida da inflação em 2023, colocando-a em níveis ainda elevados, entre os 4% e os 5,8%.

“Vários indicadores apontam para reduções de preços de transportes e matérias-primas nos mercados internacionais, que terão certamente impactos estruturais na formação dos níveis de preços, sendo ainda cedo a avaliação dos seus impactos”, apontou.

Fernando Medina destacou ainda que os bancos centrais deverão prosseguir a subida das taxas de juros.

“Nas previsões disponíveis de mercado, poderão subi-las [as taxas de juro] ainda em 2023, colocando-as no valor mais elevado em vários anos. Este é um desafio que convoca Estado, bancos, famílias e empresas a um novo contexto da política monetária no qual teremos que viver”, vincou.

Ainda assim, o ministro da tutela, perante os dados disponíveis, acredita que Portugal “está em condições de voltar a ter em 2023 uma economia com melhor desempenho entre as economias europeias”.

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