Bruxelas prevê novo máximo anual da inflação na zona euro para este ano e PIB a crescer apenas 0,3% em 2023

Agência Lusa , BC
11 nov 2022, 10:29

Comissão Europeia divulgou previsões macroeconómicas de outono e estima máximos históricos da inflação para 2022 na zona euro, com abrandamento em 2023. Crescimento da zona euro é revisto em baixa

A Comissão Europeia fez esta sexta-feira uma nova revisão em alta da inflação, para novos máximos anuais de 8,5% na zona euro e 9,3% na União Europeia (UE) este ano.

Nas previsões macroeconómicas do outono, hoje divulgadas, o executivo comunitário estima novos máximos históricos da inflação para 2022, quase um ponto percentual acima 7,6% e dos 8,3% na UE apontados em julho.

Para 2023, Bruxelas prevê um abrandamento do indicador, mas ainda com valores elevados de 6,1% na zona euro e 7,0% na UE, esperando-se um novo recuo em 2024 para, respetivamente, 2,6% e 3,0%.

Contração do PIB

A Comissão Europeia reviu também em forte baixa as perspetivas de crescimento da economia europeia em 2023, antecipando uma contração significativa, com uma subida do PIB de apenas 0,3% tanto na zona euro como no conjunto da União Europeia.

Comparativamente às anteriores previsões de verão, publicadas em meados de julho, Bruxelas revê em alta as perspetivas de crescimento para este ano, depois de um desempenho acima do esperado no primeiro semestre, projetando agora que o Produto Interno Bruto (PIB) progrida 3,2% na zona euro e 3,3% na UE – quando há quatro meses previa crescimentos de 2,6% e 2,7% respetivamente.

No entanto, e apontando que o clima de grande incerteza, a crise dos preços da energia e a perda de poder de compra deverão atirar a UE, a zona euro e a maioria dos Estados-membros para a recessão no último trimestre deste ano, cenário que poderá prosseguir no primeiro trimestre de 2023, Bruxelas antecipa agora uma forte contração da economia europeia no próximo ano, antecipando um crescimento do PIB de apenas 0,3%, quando no verão confiava que este subiria 1,4% na zona euro e 1,5% na UE, apesar da guerra na Ucrânia.

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