Soares: «André Silva está sempre a trabalhar, a corrigir-se»

16 fev 2017, 23:06
Vitória Guimarães-FC Porto (Lusa)

Brasileiro elogia português e recorda o seu percurso até chegar ao FC Porto

Tiquinho Soares concedeu esta quinta-feira uma longa entrevista ao Porto Canal, recordando o seu percurso até chegar ao FC Porto. Autor de três golos em dois jogos com a camisola azul e branca, o avançado contratado ao V. Guimarães já conquistou os adeptos.

Convidado a voltar atrás no tempo, o jogador brasileiro lembrou as dificuldades económicas que sentiu, o tempo em que «vendia gelados com a irmã» e os diversos clubes por onde passou até chegar a Portugal e conquistar o seu espaço.

Recorde-se que o Maisfutebol já contou grande parte da história de Tiquinho Soares

«Quando olho para o meu passado, isso motiva-me mais ainda para ir atrás dos meus objetivos», salientou, confirmando que começou por ser guarda-redes: «Gostava da baliza mesmo, de me arranjar no chão, mas depois de ir para avançado gostei de fazer golos, e graças a deus deu certo até hoje.»

Tiquinho Soares não vergou perante as dificuldades e «nunca» pensou em desistir. Nem quando foi confrontado com a primeira possibilidade – falhada – de rumar a Portugal.

«Ligaram-me a falar da possibilidade de vir para o Boavista, disse que sim, rescindi o meu contrato e fiquei sem clube. Acabei por ficar em casa. Até hoje não sei o que não deu certo. Felizmente depois apareceu o Nacional», contou.

Depois de se destacar no Nacional da Madeira, o avançado fez ainda melhor no V. Guimarães e despertou o interesse do FC Porto: «Sabia da proposta da China, mas quando o Deco me veio dizer que havia a possibilidade de vestir a camisola do Porto, nem pensei duas vezes. Por ter passado em clubes mais pequenos, queria sentir esse gosto de vestir a camisola de um clube grande, enorme.»

Tiquinho Soares bisou na estreia frente ao Sporting e fez um golo no regresso a Guimarães, frente ao Vitória (0-2). Por isso, vai ter direito a um jantar, pago por um antigo companheiro de equipa: «O meu amigo Raphinha apostou comigo que, se eu não marcasse, eu pagava o jantar, se eu marcasse, pagava ele. Vou ter de lhe ligar.»

Homem de poucas palavras e bastante discrição, o avançado mostrou-se mais expansivo quando chegou a hora de falar de André Silva, seu parceiro na linha ofensiva do FC Porto.

«O André trabalha muito, está sempre a trabalhar, a corrigir-se. Fico feliz por fazer dupla com ele. Já está na seleção e é merecido. Espero que possamos jogar mais vezes, que possamos ficar mais entrosados», rematou o jogador.

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