Aníbal Pinto: um ano e meio sem mostrar que defendia Clóvis e sem entregar o fugitivo

17 set 2023, 20:17
Advogado Aníbal Pinto

Um ano e meio depois do homicídio de Fábio Guerra à entrada de uma discoteca em Lisboa,o advogado Aníbal Pinto mostra agora que representa mesmo o suspeito em fuga, Clóvis Abreu.

Aníbal Pinto, polémico advogado condenado num processo de extorsão, só agora mostrou, finalmente, à Justiça que representa mesmo Clóvis Abreu - o suspeito, em fuga, do homicídio de um agente da PSP à porta de uma discoteca de Lisboa, em coautoria com dois ex-fuzileiros.

Durante ano e meio, foi dizendo à Justiça que queria negociar a rendição do suposto "cliente", mas sem mostrar a procuração que faria dele advogado do fugitivo. E também sem que este alguma vez se entregasse. Esta segunda-feira, o Ministério Público dá mais uma oportunidade a Clóvis de se entregar. 

Por Aníbal Pinto nunca ter juntado ao processo procuração em como representava Clóvis Abreu, a Justiça não o podia sequer levar formalmente a sério. Tiveram de ignorar os pré-anúncios de entrega de Clóvis, que nunca foram cumpridos, mas, ainda assim, a PJ insistiu várias vezes junto da mãe do foragido, única pessoa que legalmente o representava, levando-lhe notificações do Ministério Público para que o filho se entregasse.

Na última semana, Aníbal Pinto - depois de ter sido condenado ele próprio a uma pena de prisão suspensa por extorsão tentada ao fundo de investimentos Doyen, em coautoria com o hacker Rui Pinto - voltou à carga no caso Clóvis, mas desta vez, finalmente, juntando a procuração que lhe confere direitos de representação do suspeito.

Anunciou que o cliente, no estrangeiro, queria ser interrogado este sábado, dia 16, em Lisboa. Recebeu a resposta da procuradora do processo para que se apresentasse, então, esta segunda-feira de manhã, e tem assim mais uma oportunidade para dar a sua versão dos factos que levaram à morte do agente Fábio Guerra à porta da discoteca MOME.

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