Fórmula E: o futuro das corridas automóveis começa agora

Campeonato de monolugares elétricos da FIA promete revolucionar desporto a motor. António Félix da Costa é o representante português numa lista de pilotos bem conhecidos da F1. Ponto de partida em Pequim

Para muitos será o futuro do desporto automóvel, para outros tantos um flop que rapidamente cairá no esquecimento. Arranca no próximo sábado o primeiro campeonato de monolugares elétricos com chancela da FIA. A Fórmula E tem um elenco de luxo e promete dar que falar.

Com dez equipas e vinte pilotos inscritos e um total de dez corridas, todas elas citadinas, o campeonato vai mostrar uma nova face da competição automóvel, onde quem dita leis é a eletricidade.

Cada piloto usará dois carros na mesma corrida (isso mesmo, haverá uma troca), sendo a velocidade média prevista de 225km/h. O tradicional som das corridas automóveis é que ficará guardado para outros campeonatos, mas numa altura em que até a Fórmula 1 perdeu o seu ruído característico, fará mesmo assim tanta diferença?

Os puristas garantem que sim. Os mais abertos a novas aventuras preferem esperar para ver. E já não falta quase nada.



Fãs ajudam carros a ganhar velocidade: perceba como

Todos os monolugares usam um sistema da Renault, que tem ainda a sua própria equipa, a E-Dams. Contudo, marcas como a Audi ou a Mahindra também se interessaram por este campeonato, o que faz sentido, atendendo à aposta das referidas marcas em veículos elétricos ou híbridos.

As baterias dos monolugares terão como potência máxima 200kw, o que equivale a 272cv. Porém, nas corridas a potência ficará limitada a 150kw, um valor que só subirá…com a ajuda do público. Como? A Fórmula E instaurou o chamado «FanBoost», um sistema de voto no site oficial que dará mais potência a um determinado carro (30kw) conforme as preferências dos fãs, durante cinco segundos.

A Fórmula E terá, naturalmente, uma sessão de qualificação, que se realiza no sábado, o mesmo dia da corrida.

Pilotos famosos: Senna, Prost, Piquet, Hunt…

A primeira corrida realiza-se, então, este sábado, em Pequim. Todas elas serão citadinas, levando a Fórmula E até grandes metrópoles o que também servirá para divulgar o campeonato. Na Europa, apenas Monte Carlo (Mónaco), Berlim (Alemanha) e Londres (Reino Unido) organizam provas, todas na reta final do calendário.

A última corrida decorre, precisamente, em Londres e está marcada para 27 de junho de 2015.

Falta falar…dos pilotos. E o elenco da temporada inaugural promete… Para os portugueses há um nome em especial: António Félix da Costa, que vai competir na Amlin Aguri. Contudo, o português da Red Bull vai falhar a corrida inaugural porque tem corrida no DTM, em Lauzitzring, onde compete ao serviço da equipa da BMW MTEK.

Assim, será substituído pelo suíço Fabio Leimer, campeão da GP2 no ano passado, que já testou com o carro da equipa.

Entre os pilotos que farão a primeira corrida estão nomes como Jarno Trulli, Nick Heidfeld ou Sebastien Buemi, todos com passagem pela Fórmula 1. Mas também duas mulheres: Michela Cerruti e Katherine Legge, precisamente a companheira de equipa de Félix da Costa.

E não se podem esquecer os apelidos famosos. Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna, Nicolas Prost, filho de Alain Prost, ou Nelson Piquet Jr, filho de Nelson Piquet. A somar a isto tudo há ainda Freddie Hunt, filho de James Hunt, que será o piloto-embaixador do campeonato.