Convenção do Chega arranca com mudança de chip: ganhar as eleições (e para isso há nomes novos)

12 jan, 23:11

Partido está reunido em Viana do Castelo para preparar as eleições de 10 de março. Espera-se a reeleição de André Ventura, que aponta bem alto para as legislativas

O Chega arrancou a Convenção Nacional deste fim de semana com um objetivo traçado: mostrar que consegue governar. Esse foi o mote dado pelo líder do partido, André Ventura, mas também por três deputados ouvidos pela CNN Portugal.

O presidente do partido chegou a Viana do Castelo numa onda de apoteose, começando logo por afirmar que o Chega “é candidato a governar” Portugal. É por isso que os principais adversários são os dois partidos acima: PS e PSD.

“Espero que estes três dias sejam, para o Chega, um momento de afirmação, em que assume definitivamente que é candidato a governar Portugal e que, por isso, vai querer estar numa luta a três com o PS e com o PSD”, disse.

Menos comedido nos objetivos foi Rui Paulo Sousa. O deputado eleito pelo círculo eleitoral de Lisboa disse à CNN Portugal que o resultado mínimo que o Chega procura no dia 10 de março é ser a segunda força política em Portugal.

“Ultrapassar o PS ou PSD, ou os dois”, reafirmou o parlamentar, vincando que é nesse sentido que o partido trabalha.

Já o líder da bancada parlamentar do Chega diz que o partido pretende continuar a ser “fraturante”, mas que também se apresenta para ser “alternativa”. Pedro Pinto garantiu que o objetivo é “ganhar as eleições”, focando-se numa “mudança do sistema instalado há 50 anos.

Novas caras? Com certeza

Para este ambicioso desígnio o Chega conta com nomes sonantes, alguns deles vindos de outros partidos. Foi o próprio André Ventura a prometer nomes “atuais e antigos”, no plural, do PSD.

Esta sexta-feira voltou a sugerir isso mesmo. André Ventura adiantou que, além de dirigentes e militantes do Chega, contará também com a presença na Convenção de "nomes de variadíssimos partidos", havendo "uma prevalência grande de nomes do PSD".

Rui Paulo Sousa admitiu que, “com tantos deputados que estamos a prever eleger” – algumas sondagens colocam o Chega na casa dos 20%, o que pode significar mais de 30 deputados – “muitos nomes serão avançados”.

E algumas dessas pessoas podem ser conhecidas já este fim de semana. Sem levantar o véu sobre possíveis candidatos, Pedro Pinto limitou-se a dizer que o partido procura nomes da “sociedade civil, pessoas para mudar Portugal”.

“Vão aparecer nomes que vão ser surpresa”, garantiu o líder da bancada parlamentar do Chega.

Já Rita Matias afirmou que, apesar de se posicionar num quadrante em que luta para ganhar as eleições, o Chega não deixou de ser um partido antissistema, como sempre se autodesignou, com a ideia de “reformar o sistema por dentro”.

“Contamos com players que sabem como é que o sistema funciona e porque é que se degradou para podermos transformá-lo”, explicou.

Questionada sobre os novos rostos que vão integrar o partido, a deputada do Chega diz apenas que o partido está "concentrado na missão de vencer as eleições" e que, para isso, "todos os nomes são precisos".

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