"Deus no comando". Quem são e o que dizem os 47 discípulos de André Ventura?
Imagens do segundo dia da VI Convenção do Chega (ESTELA SILVA/LUSA)

"Deus no comando". Quem são e o que dizem os 47 discípulos de André Ventura?

Deus, pátria, família. Que é como quem diz: Ventura, Portugal, Chega. Os deputados eleitos, dos repetentes aos estreantes, são devotos ao seu "líder" e a tudo o que o partido defende, expressa e contesta. Muitos deles são puros amplificadores. Mas, afinal, o que defendem estes deputados? Da imigração, ao lobby LGBT, da ideologia de género, à corrupção, da família à nação, todos dizem o mesmo. Mas nem todos em tom polémico

É nas redes sociais que espalham a mensagem, quase sempre a do partido e poucas vezes por palavras suas. O Facebook é o grande palco de partilhas, seja de notícias ou de conteúdos produzidos pelo próprio partido, seja numa conta pessoal ou numa criada para fins políticos - muitas vezes o mesmo conteúdo é publicado em ambas. Há quem prefira o Twitter e o Instagram, usando-o quase como um diário partidário. O TikTok não é para todos, mas é onde chegam a quase todos. Mas são poucos os agora deputados que vão além das partilhas e dizem efetivamente o que pensam. A palavra de Ventura é, quase sempre, soberana. E o próprio diz que foi Deus quem lhe “confiou uma dolorosa missão, que é simultaneamente um enorme privilégio : liderar a transformação de Portugal”.

O líder do Chega, para muitos o “rei”, tem-se mostrado mais moderado, mas, desde a fundação do partido, continua a fazer da justiça, da corrupção e das pensões as suas principais bandeiras. Pelo meio, continua também a defender questões como o fim do aborto, a prisão prepétua, a castração química para violadores e pedófilos, o fim da “ideologia” de género, o fim da “subsidiodependência”, sobretudo por parte de ciganos - à TVI Ventura assegura que foi “mal compreendido” sobre o que disse acerca dos ciganos, que entretanto deixaram de estar no programa eleitoral do partido, mas que continuam a estar presentes nas publicações feitas nas redes sociais.

Desde há dois anos, e como disse vezes sem conta nos debates televisivos, assume-se contra os bandidos e a bandidagem (que vai ecoando pelos fiéis seguidores) e levanta ainda o tom contra os imigrantes. E tudo o que Ventura diz é repetido vezes sem conta por quem o segue, idolatra e acompanha no partido. 

O Chega conseguiu 1.108.797 votos (18,06%), elegendo 48 deputados - ainda falta distribuir quatro mandatos dos círculos da emigração e André Ventura já afirmou que espera eleger mais deputados. Alguns são já velhos conhecidos do panorama político e presença assídua na Assembleia da República, outros são autênticas novidades e estreantes nesta vida. São, porém, os da velha guarda, aqueles que estão no partido desde os primórdios da sua fundação, os que mais se fazem ouvir e ler. De artigos de opinião publicados na imprensa (incluindo o Folha Nacional, criado pelo Chega) a sucessivas publicações e republicações nas redes sociais, é quem está no partido há mais tempo que vai além do que o próprio Chega defende, falando, embora raras vezes, em nome pessoal. O Chega, no fundo, é “o partido de um homem só”, como disse há dois anos Bruno Nunes, citado pelo Expresso.

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Os defensores da nação (à moda do Chega)

Deus, pátria e família. Por estas ou outras palavras, esta é a nação que o Chega defende e a bandeira que muitos deputados hasteiam. É o caso da estreante Sónia Monteiro, de 43 anos, que chega à Assembleia da República depois de ter sido eleita pelo círculo eleitoral do Porto. Ao Semanário de Felgueiras, a agora deputada diz que quer “dar voz a todos os jovens e a todas as mães que não querem ver os seus filhos partirem”. A empresária é uma das defensoras de uma nação à moda do Chega: uma nação patriótica, saudosista, católica, que defende o conceito ‘tradicional’ de família.

“Amo acima de tudo o nosso País, a nossa Pátria, tenho muito orgulho nos nossos antepassados que criaram o País que temos, não vamos deixar o socialismo acabar com o que é nosso, a nossa cultura, a nossa Família”, escreveu em fevereiro no Facebook. “Tenho fé em Deus que me dará toda a força necessária para combater a política que querem instalar contra a nossa Família, contra os nossos Filhos”, lê-se ainda na publicação, onde se assume como “católica, conservadora”.

Marta Silva, arquiteta e vice-presidente do Chega, agora eleita pelo círculo eleitoral de Lisboa, culpa a imgração pelo aumento das rendas e defende que “o futuro das novas gerações depende da preservação dos valores tradicionais, do fortalecimento da família”.

Mas a nação que os membros do Chega apregoam vai além da família. É conservadora, respira o passado e critica as evoluções sociais. Diogo Pacheco de Amorim, que se mantém no Parlamento após ser reeleito pelo Porto, é um crítico nato, defensor da IV República e apologista da “derrota do horrendo feminismo hasteado por caricaturas de mulheres que hoje assombram as tascas activistas all over de world”, como se lê numa das suas páginas de Facebook

O conceito de nação de Diogo Pacheco de Amorim “reserva um papel secundário para o Estado, reduzindo-o às funções de Defesa, Justiça e Política Externa”, lê-se no perfil escrito por Miguel Carvalho para a Visão, no qual se lê ainda que “defende mesmo a extinção do Ministério da Educação”.

Nuno Simões de Melo, antigo líder da ala mais conservadora da Iniciativa Liberal, foi este ano eleito pela Guarda e quer servir a pátria, acreditando que apenas há duas formas de o fazer: ou ser político ou ser militar, como disse em entrevista ao Soberania do Povo. E crê que as “forças armadas estão subfinanciadas”. Já Rui Afonso, novamente eleito pelo Porto, não quer que “o bacalhau deixe de ser a nossa comida” e quer “recuperar a nossa portugalidade”, porque “correm nas nossas veias 900 anos de História e estamos a perder isso”, lê-se no Expresso.

Também dissidente, Henrique de Freitas, foi ex-secretário de Estado da Defesa do PSD e conselheiro diplomático da embaixada de Portugal junto da NATO. Agora prepara-se para ser deputado do Chega, tendo sido eleito por Portalegre. Defende os ex-combatentes - algo que diz que o PSD não o faz - e um modelo do “Dia da Defesa Nacional” ou a possibilidade de chamar à carreira militar cidadãos não portugueses, como noticia o Expresso. Do PSD para o Chega foi ainda Eduardo Teixeira, agora eleito deputado por Viana do Castelo. O economista e colunista no Jornal Económico defende que “Portugal precisa de mudar, e não pode haver resistências, nem cordões condicionantes, nem linhas imaginárias vermelhas ou azuis”.

Entre os estreantes está Madalena Cordeiro, eleita pelo círculo eleitoral de Lisboa e agora a mais jovem deputada da nova Assembleia da República que se irá formar, tirando o ‘título’ à colega de partido Rita Matias. A deputada, de apenas 20 anos e membro da Direção Nacional da Juventude do Chega, é ainda ‘tímida’ nas suas redes sociais, usando a X para partilhar vídeos e publicações do partido, mas já deu a conhecer algumas das suas ideias: uma delas focada nos “burocratas de Bruxelas” a quem acusa de tirar voz aos portugueses (naquela que é a sua única publicação pública no Facebook).

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Natural de Santarém, Rodrigo Alves Taxa - assistente de André Ventura quando era professor na Universidade Autónoma de Lisboa, como noticia o Diário de Notícias - foi assessor jurídico do Chega na Assembleia da República e agora novamente eleito por Braga. “Patriótico dos pés à cabeça” e “aficionado” pelas touradas, o antigo cronista do jornal i promete aquecer o Parlamento, dado os temas e tom dos seus artigos: diz que o grupo Climáximo não pratica ativismo, mas sim “imbecilidade”.  

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Os defensores do fim da imigração

O tema da imigração é transversal a todos os deputados do Chega (e não deputados) e acaba por encaixar no conceito de nação do partido. Felicidade de Alcântara, eleita por Lisboa, é exemplo disso e diz mesmo que há uma relação entre a chegada de imigrantes a Portugal e as violações em grupo. “Estas culturas que acolhemos são completamente diferentes da nossa e o respeito pela mulher é nulo”, escreveu na rede social X, antigo Twitter.

Carlos Barbosa, eleito pelo círculo de Braga, é assessor Político do Partido Chega e mais um dos que coloca a imigração como tema central: “A União Europeia já veio dizer que a política de imigração que permite que qualquer pessoa entre em Portugal está errada”, lê-se numa publicação que fez no Facebook a 2 de outubro. Também é dos que, publicamente, defende a prisão perpétua.

O deputado Filipe Melo - que teve o salário penhorado por uma dívida ao colégio frequentado pelo filho -, foi eleito novamente por Braga e quer colocar “um travão à imigração” em Portugal, um tema sobre o qual tem escrito nas redes sociais. Diz ainda que Portugal caminha “para o fim” porque “existem neste momento mais de 300 mil pedidos de Nacionalidade em espera! Quantos desses pedidos são baseados em documentação falsa, muitos deles imigrantes de Países que patrocinam o terrorismo e não têm o menor respeito pelos direitos das mulheres”. O tema da imigração e do terrorismo (associados) é recorrente e, no mês anterior, em agosto, escreveu: “Neste dia recordamos todos os que perderam a vida em atentados terroristas, mas devemos também repensar a forma como a Europa está a deixar entrar qualquer pessoa no nosso Continente. Já assistimos a demasiados ataques terroristas, não podemos permitir que se voltem a repetir”.

Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega e um dos três eleitos por Faro, é também dos que mais ativamente recorre às redes sociais para defender o partido, criticar a oposição e até outros políticos, como fez com Rui Tavares, a quem chamou “o ‘idiota’ útil do PS” e de “sonso”. Mas, o que defende? A pátria e que “a nacionalidade não seja dada de qualquer maneira, como se estivesse a ser vendida num supermercado”, numa clara mensagem anti-imigração.

05
Os defensores do binarismo (e contra tudo o que for além disso)

Em setembro do ano passado, Filipe Melo recorreu à X (antigo Twitter) para dizer que é contra o “lobbie LGBT”. E este é um dos temas que também une simpatizantes, militantes e deputados do Chega, sendo que também Pedro Pinto defende uma nação à moda do Chega onde  “menino será menino e menina será menina”.

Rita Maria Matias, mantém-se como deputada depois de ter sido eleita em Setúbal. É um dos braços direitos de André Ventura e a impulsionadora da chegada de mais jovens ao partido, mas é também das vozes mais ativas, críticas e polémicas, com posições firmes sobre temas difíceis: é assumidamente anti-feminista, defende o conceito de família tradicional e diz-se contra o aborto. E tem subido o tom de voz quando o tema em cima da mesa é a identidade de género, que, como quase todos os membros do partido, intitula de “ideologia de género”. 

Gabriel Mithá Ribeiro, que se demitiu há dois anos do cargo de vice-presidente do Chega, foi eleito novamente por Leiria. O agora deputado questiona “seriamente a utilidade de institutos como o IEFP”, mas é sobre temas fracturantes que mais opina.  Acredita que o “racismo é um fenómeno histórico que entretanto foi ultrapassado” e, a propósito do tema, critica “a deficiência moral da esquerda branca e activista” num artigo de opinião assinado no jornal Observador. Dias antes das eleições, defendeu que a ideologia de género é um “fenómeno de insanidade mental” e que o feminismo é um “inferno de boas intenções”.

Marcus Santos, eleito pelo Porto, é o primeiro deputado luso-brasileiro. Bolsonarista, foi lutador de MMA - artes marciais -, assume-se como o “negão do Chega”, critica a linguagem inclusiva e diz que “um homem nunca será uma mulher”, embora tenha descrito a autora do vídeo que partilha como “a ‘mulher’ mais macho que já vi”. 

Marcus Santos é ainda defensor da prisão perpétua e nega o racismo. E não se coíbe nas palavras. 

João Graça, eleito por Faro, criticou o facto de uma mulher trans ter sido eleita Miss Portugal, dizendo mesmo que tal “é sinal de podridão”. 

Bernardo Pessanha, de 41 anos e descendente da nobreza, foi assessor de comunicação do grupo parlamentar do partido e é agora deputado, eleito por Viseu. É mais um dos que condena a autodeterminação de género e assume-se (tal como o partido) contra a morte medicamente assistida.

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Os defensores "do valor da fé"

Em entrevista à revista Sábado, tanto Pedro Correia, eleito por Santarém, como Daniel Teixeira, por Setúbal, assumem-se como defensores do “valor da fé”. O vice-presidente da distrital do partido em Santarém e professor de música (que foi ainda pastor assistente na Nova Aliança Igreja Cristã de Rio Maior) e o militante da Juventude Chega e estudante universitário são evangélicos e fazem da fé o foco.

“Há uma matriz judaico-cristã que vem da nossa ancestralidade como civilização ocidental. E é a partir daqui que eu me consigo me mexer nos meus ditames políticos”, disse à revista Pedro Correia.

Pedro Santos Frazão, novamente eleito por Santarém, assume-se como “pró-vida”, “patriótico” e é “e é contra a imigração legal altamente permissiva e a ilegal”, como escreve a Sábado (acesso pago). Diz ainda fazer parte de uma “minoria religiosa”. “Sou católico praticante e supranumerário do Opus Dei. Sei o que sente na pele uma minoria religiosa”, afirmou à revista.

07
Os fiéis defensores do Chega

Patrícia de Carvalho é adjunta da direção nacional do Chega e diretora de comunicação do partido. Agora, é também deputada, tendo sido eleita por Setúbal. Nas suas redes sociais, é Ventura quem reina. Patrícia de Carvalho chegou ao partido pouco depois da sua fundação, mas desde cedo (e até antes disso) vestiu a camisola Chega, ecoando tudo o que o partido defende.

A antiga jornalista critica a imigração, as posições de defesa LGBT e é contra a autodeterminação de género.

João Tilly, eleito por Viseu, é um dos nomes mais polémicos da nova bancada parlamentar do Chega. O conhecido youtuber, de 63 anos, já teve a sua conta na rede social X suspensa por ligações à extrema-direita, é anti-vacinas (mas vacinou-se contra a covid-19) e é dos que mais verbaliza as propostas do partido. Nos seus vídeos fala literalmente de tudo o que o partido defende (e não só).

Bruno Nunes, eleito por Lisboa, é dos que mais ecoa a posição do partido sobre as forças policiais - republicando notícias e vídeos de violência contra agentes, seja por cá ou lá fora - e também dos que mais critica a oposição, com especial destaque para o PS, Livre e Bloco de Esquerda. E antes de serem conhecidos os resultados destas eleições, chegou mesmo a sugerir que os votantes socialistas deviam ser analisados e tratados

Se o PS ganhar as eleições, todos aqueles que votaram no PS deviam ser colocados dentro de um frasco e enviados para a NASA para serem estudados, porque precisam de tratamento e de ser estudados por continuar a prolongar o socialismo em Portugal”, disse Bruno Nunes.

Rui Paulo Sousa, escolhido por Lisboa, é uma cara conhecida e um crítico ativo da esquerda e da extrema-esquerda, como muitas vezes escreve. Numa publicação feita no Facebook, partilha mesmo uma montagem na qual aparece a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, associada a terrorismo. “Estes é que são os verdadeiros terroristas!”, lê-se.

Mas se alguns dos deputados do Chega defendem o partido criticando a oposição, outros assumem-se como verdadeiros ecos, usando as redes sociais para publicar a mensagem do Chega vezes sem conta. O que defendem? Tudo o que o partido defende, raras são as vezes em que falam em nome próprio, como é o caso de Rui Cristina, agora eleito pelo Chega em Évora, depois de ter deixado o PSD. É um dos casos em que as redes sociais apenas ecoam as mensagens do partido e pouco ou nada o que defende, ou quais as suas opiniões para lá do Chega. Saiu do partido liderado por Luís Montenegro devido a “princípios individuais, morais, ideológicos e partidários”, mas as suas redes sociais pouco ou nada dizem sobre isso, são, tal como tantas outras dos agora deputados do Chega, um espelho do partido.

Prestes a fazer 72 anos, Jorge Galveias, eleito por Aveiro, é um dos que transita das eleições de 2022 para estas. O deputado e presidente da Mesa Nacional do Partido Chega da atual legislatura que ainda vigora é dos que assume não ter “medo” de assumir que o “objetivo do partido” é “atirar o PS e a extrema-esquerda para o caixote do lixo da história do nosso país”. Mas nas suas redes sociais são poucas - ou raras - as vezes em que fala em nome próprio - fê-lo para mostrar “em nome pessoal” o apoio “à justa luta” dos agricultores contra “o sistema que está a destruir a agricultura”. Tudo isto através de, sobretudo, partilhas de publicações de André Ventura ou Rita Matias.

Maria José Gomes de Aguiar, também eleita por Aveiro, filha de um “mecânico de reconhecido gabarito” e de uma “professora primária e depois primeira senhora a trabalhar como administrativa na Câmara Municipal”, como revelou no Facebook, é das militantes do Chega que faz uso das redes sociais mais para transmitir as mensagens do partido do que as suas e também para criticar os outros partidos e líderes partidários, tal como Armando Grave, igualmente eleito pelo círculo de Aveiro, Eliseu Neves, eleito por Coimbra, Raúl Melo, pelo Porto e Nuno Gabriel, eleito por Setúbal. Também Maria Manuela Tender, uma professora que foi deputada pelo PSD e que agora regressa ao Parlamento pela mão do Chega, pelo círculo de Vila Real, exatamente o mesmo do tempo em que foi parlamentar social-democrata, faz uso da sua conta de Facebook para passar a mensagem do partido, assim como Francisco Gomes, eleito deputado pela Madeira, e Miguel Arruda, pelos Açores

Diva Nélia Ribeiro, dissidente do PSD, professora e eleita pelo círculo de Beja, quer hastear a bandeira dos agricultores na Assembleia da República, como contou à CNN Portugal. “Beja e os agricultores têm sido esquecidos no Parlamento”, critica a militante do Chega, dizendo que é “preciso falar de agricultura” que “é o motor económico do distrito” de Beja.  

João Ribeiro, empresário, foi eleito deputado por Castelo Branco (tirando um ao Partido Socialista) e, como tantos outros agora deputados, a sua página de Facebook é uma montra para o Chega, neste caso, com o foco em Castelo Branco e no interior do país. O mesmo acontece com Luis Paulo Fernandes, eleito por Leiria, e Ricardo Dias Pinto, eleito por Lisboa. António Pinto Pereira, eleito por Coimbra, é amigo de Rui Gomes da Silva (histórico do PSD que diz que tem falado com André Ventura, mas sem lhe dar garantias), defende a Ucrânia e chama aos ativistas climáticos de “anormais do costume e iguais aos de cá”

Vanessa Barata, eleita por Braga, Sandra Ribeiro, por Faro - que esteve envolvida numa polémica troca de mensagens nas quais pediu que dessem “com um calhau na cabeça” de António Costa, segundo o Polígrafo -, não são muito ativas nas redes sociais. Já Pedro Pessanha, novamente eleito por Lisboa, diz que “estamos a gastar 34 milhões com Angola quando não temos material nos hospitais. Ainda por cima para lembrar uma guerra que matou soldados portugueses”.

José Barreira Soares é vereador do Chega de Vila Franca de Xira e foi eleito por Lisboa. No Facebook acusa o Partido Socialista de dar “prioridade nos centros de saúde aos estrangeiros ilegais e os Portugueses que se lixem” e, como mostra um vídeo no YouTube, acusa ao PS de “doutrinar” os cidadãos de Vila Franca de Xira com a “promoção LGBT”, afirmando que se está a causar “um desequilíbrio” entre o masculino e feminino. 

Cristina Rodrigues, volta ao Parlamento depois de ter sido escolhida pelo círculo eleitoral do Porto. Ex-PAN e responsável por algumas fissuras no Chega, a novamente deputada continua a usar as redes sociais, sobretudo o Facebook, em prol da causa animal, estando menos ativa nas opiniões políticas.

José de Carvalho, eleito pelo Porto, é escritor e as suas obras debruçam-se sobre a Igreja e a ditadura de Salazar. Não é ativo nas redes sociais, tal como Luísa Costa Macedo, professora de Educação Cívica, eleita por Santarém.

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