Detentora dos jogos do FC Porto em casa refere, no entanto, que não vai distribuir conteúdos «a qualquer preço»
Michel Combers, administrador de operações da Altice, considera que nenhum operador deve ficar em exclusivo com os direitos de transmissão de conteúdos.
Em declarações aos jornalistas após a apresentação da estratégia da PT (empresa detida pela Altice) para o mercado empresarial, o gestor falou sobre a recente guerra travada com a NOS pelos conteúdos de futebol.
«A nossa estratégia é muito clara. Queremos ser um operador convergente», referiu.
Recorde-se que a PT garantiu os direitos de transmissão televisiva dos jogos do FC Porto pelo período de 10 épocas desportivas, com início a 1 de julho de 2018, e ainda os direito de transmissão do Porto Canal pelo período de 12 épocas e meia, que teve início este ano. Em meados de fevereiro, a operadora cortou a distribuição do canal à NOS. «Não estamos nunca em conflito», justificou-se Michel Combes a propósito do diferente entre as duas operadoras.
«Estamos muito contentes com os conteúdos que temos em Portugal», afirmou Combes, referindo-se aos direitos do FC Porto, garantindo não pretender distribuir em exclusivo os jogos dos dragões em casa. «Obviamente que não queremos ter os direitos em exclusivo», afirmou, salientando que a PT vai fornecer os seus serviços a outros operadores, algo que o presidente executivo da operadora, Paulo Neves, também já tinha afirmado.
Apesar de mostrar abertura para negociar, o responsável garantiu que não irá distribuir os conteúdo a «qualquer preço». E acrescentou: «Gostava que os outros fizessem o mesmo que nós.»
