NOS ainda não deu dinheiro aos clubes: «Até à data, temos zero investido»

1 mar 2016, 15:57

Miguel Almeida não revela o futuro da «Benfica TV» e da «Sporting TV», nem em que plataforma é que os jogos vão ser transmitidos no futuro

O presidente executivo da NOS revelou esta terça-feira que, até à data, «tem zero investido» nos contratos com os clubes e sublinhou que a parceria com o Benfica é para durar e maximizar o valor que traz para as duas partes. O responsável não revela ainda em que plataforma é que vão ser transmitidos os jogos e aborda a polémica com a MEO em torno do Porto Canal.

«À data de hoje, temos zero custos e zero investido nos contratos [relativos aos direitos de transmissão televisiva] com os clubes», disse Miguel Almeida, em conferência de imprensa, após a apresentação de resultados da operadora. O gestor explicou ainda que em nenhum dos contratos que a NOS fez com os clubes da liga - no total dez até ao momento - existem investimentos à cabeça e detalhou que «são acordos que remuneram esses direitos à medida que forem utilizados».

No caso do Benfica, lembrou, os direitos iniciam a sua validade em 1 de julho, para a distribuição da Benfica TV. Sobre a parceria propriamente dita da NOS com o Benfica, Miguel Almeida frisou que «foi pensada e criada com perspetiva de longo prazo» e que a operadora está «obviamente próxima e em permanente contacto» com o clube, «no sentido de maximizar o valor que esta parceria traz para ambas as partes». «É uma parceria ganhadora e que vamos continuar a desenvolver para o futuro», reforçou.

Questionado sobre onde vão ser transmitidos os jogos do Benfica, Miguel Almeida disse apenas que ainda não é o momento para comentar «a operacionalização da forma como será feita a distribuição de conteúdos», dizendo que «isso está a ser avaliado», sem mais pormenores. Da mesma forma, sobre o que acontecerá à Benfica TV ou Sporting TV, acrescentou: «Idem, idem, aspas, aspas. As coisas estão interligadas, não podem ser vistas de forma isolada».

Já antes, Miguel Almeida tinha afirmado que aquele não era o momento para discutir os problemas do futebol e da sua rentabilização. «Normalmente os investimentos que fazemos têm retorno. Isso tem sido demonstrado», disse.

Miguel Almeida foi ainda questionado sobre o caso do Porto Canal, que levou a NOS a colocar em fevereiro uma providência cautelar contra a Meo, depois desta ter suspendido as emissões do canal, devido à falta de acordo relativamente à comercialização dos direitos de transmissão do canal Benfica TV (BTV) e Sporting TV e dos jogos do Benfica. O gestor foi perentório quanto a este assunto: «Este processo teve uma série de aspetos lamentáveis, mas não totalmente surpreendentes».

Sobre a relação da NOS com a PT, Miguel Almeida destacou que «a relação entre concorrentes tipicamente apenas existe na rua e no mercado», mas no plano dos conteúdos acrescentou ainda que a NOS «sempre foi coerente», «até que alguém resolveu alterar o paradigma de mercado». «Nesta matéria, estamos numa posição de reagir e não pro agir. E reagiremos no interesse dos nossos clientes», afirmou ainda.

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