Covid-19: Portugal regista 6.760 casos e 36 mortes. Internamentos aumentaram ligeiramente

Agência Lusa , MJC
14 out 2022, 20:34
Máscara de proteção facial no chão. (AP Photo/Francois Mori)

A linhagem BA.5 da variante Ómicron “continua a ser claramente dominante em Portugal”, sendo responsável por 92% dos contágios. Mas as sublinhagens BA.4.6 e BF.7 registam uma “frequência relativa tendencialmente crescente em Portugal

Portugal registou, entre 4 e 10 de outubro, 6.760 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 36 mortes associadas à covid-19 e um ligeiro aumento dos internamentos, indicou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se menos 8.017 casos de infeção, verificando-se ainda menos nove mortes na comparação entre os dois períodos.

Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório. Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 420 pessoas, mais 25 do que no mesmo dia da semana anterior, com 28 doentes em unidades de cuidados intensivos, mais oito.

De acordo com o boletim da DGS, a incidência a sete dias estava, na segunda-feira, nos 66 casos por 100 mil habitantes, tendo registado uma redução de 54% em relação à semana anterior, e o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus baixou para os 0,65.

Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo registou 2.301 casos, menos 3.178 do que no período anterior, e 16 óbitos, menos um.

A região Centro contabilizou 1.065 casos (menos 1.405) e seis mortes (menos quatro) e o Norte totalizou 1.825 casos de infeção (menos 2.509) e oito mortes (menos uma).

No Alentejo foram registados 342 casos positivos (menos 318) e um óbito (menos um) e no Algarve verificaram-se 444 infeções pelo SARS-CoV-2 (menos 490) e duas mortes (menos três).

Quanto às regiões autónomas, os Açores tiveram 200 novos contágios nos últimos sete dias (menos 24) e uma morte (mais uma), enquanto a Madeira registou 583 casos nesse período (menos 93) e dois óbitos, o mesmo número da semana anterior, de acordo com os dados da DGS.

Segundo o relatório, a faixa etária entre os 60 e os 69 anos foi a que apresentou maior número de casos a sete dias (1.274), seguindo-se a das pessoas entre os 70 e os 79 anos (1.271), enquanto as crianças até aos 9 anos foram o grupo com menos infeções nesta semana (188).

Dos internamentos totais, 157 foram de idosos com mais de 80 anos, seguindo-se a faixa etária dos 70 aos 79 anos (108) e dos 60 aos 69 anos (56).

A DGS contabilizou ainda nove internamentos no grupo etário das crianças até aos 9 anos, três dos 10 aos 19 anos, 10 dos 20 aos 29 anos, 16 dos 30 aos 39 anos, 14 dos 40 aos 49 anos e 27 dos 50 aos 59 anos.

O boletim refere também que, nestes sete dias, morreram 29 idosos com mais de 80 anos, quatro pessoas entre os 70 e 79 anos e três entre os 60 e 69 anos.

Os dados indicam ainda que mais de 55% dos idosos com mais de 80 anos já receberam a vacinação sazonal contra a covid-19 e a gripe, valor que baixa no grupo entre os 65 e 79 anos para cerca de 20%.

Internamentos e mortalidade estáveis, avaliação do Rt precisa de mais tempo

Os internamentos e a mortalidade por covid-19 estão estáveis em Portugal, indica o relatório sobre a pandemia, que admite ser necessário mais tempo para avaliar a transmissão do vírus, devido às recentes alterações nas regras da testagem.

“O número de internamentos por covid-19 e a mortalidade específica apresentam uma estabilização” no país, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) hoje divulgado.

O relatório adianta que o número de novas infeções por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 66 casos a nível nacional e o índice de transmissibilidade do SARS-CoV-2 está agora nos 0,65 a nível nacional, tendo baixado significativamente em todas as regiões de Portugal continental.

“No entanto, estas variações podem não indicar um decréscimo do número de casos, dada a alteração legislativa da última semana que implicou uma redução da testagem. Será necessário um período de tempo mais longo para avaliar a evolução do Rt”, reconhecem a DGS e o INSA.

De acordo com os dados desta sexta-feira, verificou-se uma nova redução do número de testes efetuados, que passaram de 88.527 para 72.133, “devido à alteração legislativa da última semana”.

O documenta salienta também que se regista “uma estabilização da ocupação hospitalar" por casos de covid-19, com 420 internados na última segunda-feira nos hospitais de Portugal continental.

Quanto aos cuidados intensivos, os 28 doentes nessas unidades correspondiam a 10,9% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior este indicador estava nos 7,8%.

Na segunda-feira, a mortalidade específica estava nos 7,9 óbitos a 14 dias por um milhão habitantes, indicando uma estabilização, valor que é inferior ao limiar de 20 óbitos definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).

O INSA e a DGS adiantam ainda que a linhagem BA.5 da variante Ómicron “continua a ser claramente dominante em Portugal”, sendo responsável por 92% dos contágios, mas avançam que as sublinhagens BA.4.6 e BF.7 registam uma “frequência relativa tendencialmente crescente em Portugal e uma considerável circulação em alguns países”.

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