«Nunca fui duro, mas no Sporting tive de ser violento com o Maradona»

17 dez 2020, 09:29

DESTINO: 80s fala com um dos melhores laterais direitos no final do século passado: João Luiz, o pontapé-canhão de Alvalade. Aos 58 anos está de volta ao futebol, depois de um longo período a trabalhar numa fábrica de açúcar e álcool

DESTINOS é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINOS.

JOÃO LUIZ: Sporting (1987 a 1992)

Grandes laterais direitos do futebol português nos anos 80 ? João Pinto, do FC Porto, claro. No Benfica? António Veloso. Duas respostas fáceis, lógicas e instintivas. E no Sporting? Não há mas, nem mas. Só pode ser João Luiz – com Z, com o nosso convidado faz questão de registar.

Os mais novos talvez já não se lembrem, mas João Luiz era tudo aquilo que um lateral deve ser. Muito competente a defender, muito regular, extremamente ofensivo e dono de um pontapé-canhão. João Luiz arriscava o remate de qualquer lado e deixou essa marca bem registada nos guarda-redes adversários.

O que é feito de João Luiz, que nas cadernetas e nos jornais da época aparecia como João Luís? Depois de seis anos de leão ao peito, voltou ao Brasil em 1992, foi campeão paulista pelo Palmeiras, ainda fez um ano no XV de Piracicaba e… desapareceu do radar.

O Maisfutebol localiza-o em Cosmópolis, a cidade onde nasceu e onde quis voltar. Tem 58 anos, continua cheio de saúde e a trabalhar no mundo de futebol, após um longo período a trabalhar na fábrica produtora de açúcar e álcool da sua região, a Usina Ester.

João Luiz é o convidado especial de mais um DESTINOS. Um dos grandes laterais direitos de um futebol português que já só vive na nossa memória.

João Luiz antes de um jogo no Mar

JOÃO LUIZ NO SPORTING:

. 1986/87: 15 jogos/2 golos (4º lugar)
. 1987/88: 44 jogos/4 golos (4º lugar)
. 1988/89: 44 jogos/6 golos (4º lugar)
. 1989/90: 21 jogos/0 golos (3º lugar)
. 1990/91: 12 jogos/0 golos (3º lugar)
. 1991/92: 16 jogos/2 golos (4º lugar)

TOTAL: 152 jogos/14 golos
Troféus: uma Supertaça

Maisfutebol – Olá João Luiz, boa tarde. Como vai essa vida aí pelo Brasil?
João Luiz – Bem, antes de mais quero dizer que estou muito feliz por falar para Portugal. Tenho duas filhas portuguesas, adoro o vosso país e é um prazer partilhar as minhas memórias.

Gostaríamos de lhe mostrar este pequeno vídeo antes de começar a conversa.

VÍDEO: os dois golos contra o Fafe (aos2m00s, imagens RTO)

É verdade, bati bem na bola e apanhei o goleiro de surpresa. Depois podem facultar-me essas imagens? É muito raro ver estes momentos. Ainda há pouco me falaram de um golo que marquei contra o Sp. Braga, em Alvalade, um golaço. Bati de primeira e fiz um chapéu de fora da área. Um amigo meu até me disse que leu há pouco tempo uma notícia engraçada. Ele disse-me que fui o futebolista com mais minutos de jogo numa temporada. É verdade?

É verdade, isso foi na época 1988/89. O João foi o jogador com mais minutos no Sporting.
Eu era um lateral que tinha confiança, batia bem na bola, arriscava quase do meio-campo. Apaixonei-me pelo Sporting e por Portugal. No ano passado, em 2019, voltei a Portugal depois de muitos anos. Estive com o meu amigo Mário Jorge, que jogou comigo. Depois de 20 anos afastado do futebol, voltei o ano anterior a trabalhar com uma empresa de agenciamento de atletas, onde já tinha trabalhado nos anos 90, depois de deixar de jogar. Apostamos muito em futebolistas da formação e achamos que Portugal é um destino sempre apetecível. Se tenho hoje uma vida estável, devo-o ao Sporting. Mantenho grandes amigos aí, há mais de 30 anos.

Disse que voltou ao futebol no ano passado. Esteve a trabalhar noutra área?
É verdade. Reformei-me em 2019. Aliás, reformei-me em 2016, mas ainda trabalhei mais três anos na Usina Ester, uma fábrica aqui em Cosmópolis [Estado de São Paulo]. Era técnico de segurança no trabalho. É uma história é engraçada. Quando eu deixei de jogar futebol, no XV de Piracicaba, abri esta empresa de agenciamento com dois amigos ex-futebolistas, o Lê [Ronaldo Lucato] e o Bernardo. Chama-se RJ – Gestão e Marketing Esportivo. Estive 20 anos fora do projeto e agora eles convidaram-me para voltar. Daí a minha visita a Portugal há um ano, mas a pandemia parou tudo. Felizmente, a vacina está a chegar.

João a trabalhar na fábrica de açúcar

Como é que o João passou do futebol profissional a técnico de segurança no trabalho?
Eu adorei jogar futebol, adorei estar no Sporting, mas também fui muito feliz na Usina Ester, uma fábrica que produz açúcar e álcool. Depois de estar no Palmeiras e ser Campeão Paulista, ainda joguei no XV, mas tive uma entorse grave no joelho direito, fui operado e não deu para jogar mais. A medicina não tinha os mesmos recursos. Foi então que montei o negócio com o Lê e o Bernardo. Mais tarde tive uma reunião familiar e fizemos uma votação (risos). Eu não queria fazer o curso de técnico de segurança, mas a minha esposa e filhas convenceram-me. Eu queria sair do futebol, dar tempo à família. Já eram muitos anos a privá-las de muita coisa. Na altura, o namorado da minha filha mais nova estava nesse curso e desafiaram-me a entrar também. No final do curso fiz um estágio na Usina Ester e consegui entrar lá, fui contratado. Até entrar na aposentadoria. Não podemos parar e por isso voltei ao futebol. Continuo a viver em Cosmópolis, uma cidade de 60 mil habitantes. A fábrica existe desde 1898, emprega muita gente daqui. À nossa volta existem cidades maiores: Limeira, Piracicaba e Campinas.

Vamos ver mais umas imagens do João no Sporting. Isto é um ‘best of’.

Olha, dei a bola ao Meade e ele fez golo. (…) Aqui eu fiz um autogolo em Coimbra e depois fiz o cruzamento para o Silvinho marcar. (…) Esse não sei se foi o Marlon ou o Cadete a marcar.

O João Luiz fazia golos e dava muitas assistências também.
Este material está a deixar-me muito… nostálgico. Essas imagens são incríveis.

Regressemos a 1987. Como é que o Sporting descobriu o João Luiz?
Conto a história aos meninos que trabalham connosco. No final de 1986, o Sporting enviou uma equipa de técnicos para observar um lateral que jogava no Bahia. O Bahia jogou contra o meu Inter de Limeira e eu fiz uma grande exibição. O lateral do Bahia chamava-se Zanata e seria ele a ir para o Sporting, mas a delegação do Sporting gostou mais de mim. No final do jogo, eles ligaram para Lisboa: ‘olha, vamos levar um lateral direito, mas é o lateral direito do Inter’. Essa história foi-me contada já em Portugal. Sempre tive uma regularidade grande dentro do campo. Eu amava jogar futebol, para mim era um privilégio estar em campo. Não era um jogador decisivo, mas raramente jogava mal. Andava entre o bom e o muito bom. Não gosto de falar de mim, mas eu era assim.

O que encontrou ao chegar ao Sporting em janeiro de 87?
Quando me falaram do Sporting, senti logo que ia para um grande clube. O FC Porto estava a começar a mandar no futebol português, o Benfica também ganhava muito e o Sporting estava numa fase de alterações. Problemas diretivos e financeiros. Mesmo com esses problemas, percebi que era um clube gigante e que estava sedento de títulos. Conquistei uma Supertaça. Não é o mais importante, mas ganhei dois Campeonatos Paulistas e uma Supertaça em Portugal.

Qual foi o treinador que mais o marcou em Alvalade?
Respeitei e respeito todos eles. Keith Burkinshaw, António Morais, Manuel José, Raul Águas… só não tive muitas oportunidades com o Marinho Peres. Eu estava a tratar da renovação com o clube, mas o Marinho entendeu apostar no Carlos Xavier para lateral direito e tive de aceitar.

Em cima: Douglas, Luisinho, Leal, Valtinho, Lima e Sérgio
Em baixo: Marlon, Gomes, Valtinho, Amaral e JOÃO LUIZ

Durante quatro épocas, o João foi titular indiscutível. Com o Marinho perdeu esse estatuto.
Sim, sou um grande amigo do Carlos Xavier e foi um dos atletas mais habilidosos que conheci. Não sei o que pensou o Marinho, mas o Carlos era muito mais útil no meio-campo. Fintava, passava bem, decidia jogos e o Sporting ficou privado de um médio de grande qualidade. Eu ia jogando de vez em quando com o Marinho, mas achei que teria de sair para jogar mais. Foi aí que apareceu o Palmeiras, que estava a iniciar a parceria com a Parmalat. Apanhei uma equipa fortíssima – Edilson, Edmundo, Zinho, César Sampaio – e fui campeão paulista. Dei sempre tudo pelo Sporting, o máximo. Não guardo mágoa nenhuma pelo Marinho Peres, respeito as ideias que teve em relação a mim.

Esteve em jogos marcantes, tanto em Alvalade como fora de casa. Consegue destacar um?
Há a Supertaça ganha frente ao Benfica [em dois jogos, dezembro de 1987]. Foi marcante, uma alegria gigantesca. Eu colocaria esse no primeiro lugar. Depois… a vitória no Estádio das Antas para a Taça de Portugal, com um golo do Mário no prolongamento. Esse foi um jogo fantástico e tive um duelo fabuloso com o Paulo Futre.

O Futre era quase impossível de marcar.
Um craque. Houve uma jogada em que ele colocou a bola na frente e eu acompanhei-o. Com a minha experiência esperei pelo momento certo e travei-o. Fiquei até com a minha consciência pesada, porque o meu movimento foi premeditado. O Futre ia cruzar e eu bati em baixo dele, só na bola. Mas o Futre voou e bateu com as placas publicitárias, ficou até magoado. Fiquei arrependido, mas foi só bola. O impacto é que foi fortíssimo. E depois o Mário fez aquele golo. Ah, e tive o privilégio de jogar contra o falecido Maradona.

1989, Alvalade.
Eu raramente via um cartão amarelo, podem confirmar isso aí nas fichas [oito em 152 jogos no Sporting]. Não era duro ou violento, mas contra o Maradona tive de ser. Não sei quem bateu o nosso canto, mas a bola foi agarrada pelo guarda-redes do Nápoles. O Venâncio – ou o Morato – estava a marcar o Maradona e eu estava na sobra. Quando o guarda-redes deles bateu a bola, o Maradona libertou-se da marcação e fiquei eu. Ele deu-me um tapa [sapatada] e eu nunca mais conseguiria apanhá-lo. Tinha de me virar e persegui-lo, ele ia fazer o golo. Olhei para a cintura dele e tive de lhe dar uma pancada para parar a jogada. Ou fazia a falta ou sofria o golo. Não fui expulso, mas podia ter sido. Fizemos também um jogo espetacular contra o Ajax [4-2, 7 de setembro de 1988] e marquei um golo. Rematei e a bola desviou no defesa, traiu o Stanley Menzo.

VÍDEO: golo (com sorte) de João Luiz ao Ajax (aos 2m50s, imagens RTP)

Jogou contra Maradona, Futre, Klinsmann, Matthaus, muita gente importante.
Sim, Inter era muito forte também, o Inter dos alemães. Vivi experiências inesquecíveis no melhor futebol do mundo. Fomos muito bem recebidos em Lisboa, tínhamos o plano de ficar a viver em Portugal, foram tempos memoráveis.

O João Luiz era um lateral ofensivo, atacava e rematava muito.
Sempre fui assim e acho que foi por isso que o Sporting me contratou. O Inter Limeira de 1986 foi campeão paulista e era uma equipa de ataque. Tínhamos uma ala direita mortífera, eu entendia-me bem com o Tato, e comecei a sentir-me confortável no ataque. E o meu remate era fortíssimo, é verdade. Não era habitual. Hoje em dia vejo muitos profissionais que não sabem coisas básicas. Não digo que no meu tempo é que era bom, mas vejo gente a fazer passes para trás, a complicar a vida ao colega. Aqui no Brasil é mais importante o treinador do que os jogadores. Montam as equipas para não perder os jogos e o emprego, há muito medo. É raro ver um driblador, a arriscar e a perder a bola. Quem perde a bola, sai da equipa.

O seu Sporting apanha um FC Porto campeão da Europa (1987) e um Benfica a jogar duas finais europeias. Eram adversários muito fortes.
Esse é um aspeto fundamental. Nós tínhamos boas equipas, mas o Porto e o Benfica eram mais compactos. Joguei em Portugal com anos de glória europeia dos nossos maiores adversários. O Sporting ficou frustrado com isso, mas será sempre um clube enorme e a verdade é que está no primeiro lugar da liga portuguesa este ano. As coisas estão a começar, mas estou a gostar muito da equipa deste ano. Sou adepto do Sporting, aprendi a amar o clube. O ano passado estive na sala de troféus, vi a Supertaça ganha pela minha equipa e achei o estádio novo maravilhoso.

João Luiz, sempre com o «2»

Quais eram os seus melhores amigos no Sporting?
Não quero ser muito diplomático (risos). A verdade é que eu me dava bem com toda a gente. Morato, Venâncio, Meade, Houtman, roupeiros, massagistas, toda a gente era incrível. Eu não era de sair muito, ficava mais em casa, com a minha esposa e as minhas duas filhas pequenas. Não saía muito, era raro. No balneário admirava muito o Vítor Damas, a postura e a forma como falava. Quando abria a boca, dizia sempre alguma coisa correta. O Carlos Xavier e o Mário Jorge eram simpatiquíssimos, o guarda-redes Vital era vizinho no meu prédio e as filhas dele brincavam com as minhas. Voltou ao Sporting? Não sabia, que bom. Dava-me muito bem com ele. O Rodolfo Rodríguez, o Luisinho, o Ricardo Rocha, o Douglas, o Silvinho, o Marlon Brandão. Ainda tenho bom relacionamento com o Marlon. O Mário está a viver em Portugal. Sempre mantive a paz com todos (risos), muito focado no meu trabalho e a ajudar os meus colegas. A única parte negativa foi mesmo a fase com o Marinho Peres, por ter jogado menos vezes.

E qual foi a história mais engraçada vivida no Sporting?

Há uma que me faz rir até hoje. Quando cheguei a Portugal, estive seis meses sem receber. O clube estava com problemas financeiros graves. Não critico os meus companheiros, porque ninguém consegue trabalhar bem com um atraso desses. Cada um se posicionou de acordo com a sua situação. Eu sempre fui uma pessoa organizada e quando cheguei o Sporting pagou-me um valor. Eu não mexi nesse dinheiro e foi essa quantia que me permitiu viver durante esses meses. ‘João, toda a gente reclama e só você é que não reclama? Para você está sempre bom?’ Eu ouvi isso de colegas e expliquei que tinha guardado dinheiro e que conseguia dar comida à minha família. As coisas iriam melhorar e o Sporting ia pagar tudo o que estava em atraso. E assim foi.

Mas essa não é a parte engraçada.
Não. Lembra-se do Ricardo Rocha?

Claro, foi nosso convidado aqui no DESTINOS.
O Ricardo teve uma frase maravilhosa. Foram entrevistá-lo por causa dessa situação, dos atrasos, e ele estava chateado (risos). Provavelmente teria feito uma aplicação no Brasil e precisava de dinheiro para o dia-a-dia. Ficou sem dinheiro, só saía e não recebia. Então o jornalista perguntou ao Ricardo qual era a situação do clube: ‘Olha, dinheiro aqui no Sporting é como perna de cobra, ninguém vê não.’ Aquele jeito nordestino dele, muito engraçado. Onde é que ele foi buscar essa comparação?

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79. Esquerdinha: «Estava a mudar de roupa e entraram aos gritos: Penta!»

80. Alessandro Cambalhota: «Para Fernando Santos eu não levava nada a sério»

81. Gary Charles: «Saí do Benfica, estive preso e agora salvo vidas»

82. Vujacic: «Para haver tantos sportinguistas, tem de ser amor»

83. Rafael: «Queriam o quê, que tirasse o lugar ao Deco?»

84. Basaúla: «Qual é o mal de uma cerveja?»

85. Everton: «Um guarda-redes ou é louco ou é gay»

86. «Já disse aos amigos benfiquistas, penta é o Quinzinho»

87. Timofte: «O meu pé esquerdo era melhor do que o do Hagi»

88. Victor Quintana: «Era tosco, mas posso dizer que joguei no Porto»

89. Kostadinov: «O Domingos adorava chá, foi o tipo mais inteligente que vi»

90. Glenn Helder: «Perdi tudo no casino e no divórcio, mas a bateria salvou-me»

91. Tony Sealy: «O Damas era o Sean Connery, o 007 do Sporting»

92. Artur: «Saí do FC Porto porque stressei com o Fernando Santos»

93. Martin Pringle: «Antes de ir para o Benfica fui 'Navy Seal'»

94. Branco: «O Artur Jorge apanhou-me a imitá-lo e foi o fim do mundo»

95. Sokota: «Sou um jogador raro, fui infeliz no Benfica e no FC Porto»

96. Balakov: «Vivi ao lado da Luz e espiei muitos treinos do Benfica»

97. Drulovic: «O Robson não me convocou e disse 'não há lugar no avião'»

98. Serifo: «Fui herói em Leça, tive um enfarte e vivo do Rendimento Mínimo»

99. Edevaldo: «Joguei no genial Brasil-82 mas no FC Porto só fui feliz nas reservas»

100. O cambalacho, o gajo cool e o génio leonino: as escolhas de Rui Miguel Tovar

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