Taça: Sporting-Benfica, 2-1 (destaques das águias)

David Marques , Estádio José Alvalade, Lisboa
29 fev, 23:06
Sporting-Benfica (MANUEL DE ALMEIDA/LUSA)

Professor António

A FIGURA: António Silva

O melhor do Benfica pela forma como conseguiu limitar o jogo de Gyökeres. Nunca foi à «queima» nos duelos com o sueco e conseguiu ler para onde ele ia quando disparava na direção da baliza de Trubin. Além disso, mostrou um posicionamento impecável, cortando inúmeros cruzamentos potencialmente perigosos. Poucos conseguiram descodificar como ele o jogo do goleador do Sporting. Otamendi será o tutor em campo de António Silva, mas hoje foi ele que recebeu uma lição do parceiro da defesa.

O MOMENTO: entrada de Tengstedt. MINUTO 61

Poderíamos escrever que houve um Benfica antes e outro depois da hora de jogo, mas a verdade é que antes não o houve. Se os encarnados podem dar-se ao luxo de dispensar o uso de um ponta de lança nalguns jogos, contra uma equipa como o Sporting ficou provado que fazê-lo é quase como marcar um golo na própria baliza. A entrada do dinamarquês, mais do que dar presença na área leonina, permitiu o reposicionamento adequado das peças. E a diferença foi tremenda.

OUTROS DESTAQUES

Di María: um canto muito chegado à baliza foi quase tudo o que se viu do argentino numa primeira parte de absoluta desinspiração individual e coletiva dos campeões nacionais. Cresceu nos segundos 45 minutos, sobretudo após a entrada de Tengstedt que, na verdade, melhorou toda a equipa. Foi dele o cruzamento perfeito para o golo de Aursnes que relançou o jogo e três minutos depois fez magia num lance que terminou com ele a introduzir a bola na baliza de Israel: o golo seria anulado por fora de jogo posicional de Tengstedt.

João Mário: atuou perto de João Neves num 4x3x3 de Roger Schmidt que foi mais um 4x2x3x1 e, por vezes (face à falta de presença no ataque), um 4x2x4x0. Apesar da dificuldade para fazer passes em progressão, mostrou serenidade com a bola nos pés e até foi importante em ações defensivas, com em pelo menos duas nas quais conseguiu levar a melhor sobre Gyökeres. Cresceu a nível ofensivo na segunda parte, tal como quase toda equipa do Benfica do meio-campo para a frente.

Aursnes: teve muitas dificuldades para travar Geny Catamo na primeira parte. Na segunda, com a entrada de Morato, ocupou o lugar que tinha sido de Bah, mas que o norueguês desempenhou com mais competência. Aos 69 minutos apareceu para finalizar na área para o 2-1 que lançou as águias para um resto de jogo positivo e que lhes permite chegar (mais) vivas ao jogo da 2.ª mão na Luz. Foi a segunda vez que marcou em Alvalade.

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