Depressão Bernard. Faro regista mais de 100 ocorrências por causa da chuva "forte e persistente"

Carolina Resende Matos , AM e HCL - atualizada às 17:00
22 out 2023, 11:31

Chuva e vento forte colocam distritos de Faro e Beja sob aviso laranja. Rajadas podem chegar aos 100 quilómetros por hora

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) atualizou este domingo para aviso laranja o distrito de Faro devido ao risco de “precipitação forte e persistente” até às 18:00 horas.

Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro, até ao momento, existiram 123 ocorrências no distrito de Faro, envolvendo 282 operacionais e 94 veículos.

Particularmente, a queda de árvores no distrito resultou em 72 ocorrências; a ocorrência de inundações motivou 27 ocorrências e existiram nove emergências relacionadas com quedas de estruturas.

 

 

Também em Faro, há registo de dois deslizamentos de terras e três obstruções de via. Neste momento, as autoridades estão mais preocupadas com os efeitos da Depressão Bernard entre Faro e Tavira.

Na zona do restaurante Alxama, vários veículos que estavam em movimento foram atingidos pela queda de árvores, mas até ao momento não há registo de feridos. 

Este distrito, que esteve em aviso vermelho até às 16:00 horas, mantém o aviso laranja devido à agitação marítima, com previsões de ondas de sueste com 3 a 4 metros de altura e ondas de sul de 6 a 8 metros, e devido ao vento, com rajadas até 100 quilómetros por hora. Há também risco de trovoada.

 

 

O IPMA mantém o aviso laranja para este domingo também em Beja por risco de  “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada e rajadas fortes”. 

Já Évora, Portalegre e Setúbal passam para aviso amarelo, sendo que Lisboa e Castelo Branco deixam de estar sob qualquer aviso.

Segundo o IPMA, o aviso laranja é emitido sempre que há uma “situação meteorológica de risco moderado a elevado”. Já o aviso amarelo aplica-se em “situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica”.

Mau tempo na Madeira provoca queda de galhos e de árvores

O mau tempo que se fez sentir no arquipélago da Madeira, durante a noite de sábado e madrugada de domingo, provocou a queda de árvores e galhos no centro do Funchal, mas não há registo de feridos.

Segundo fonte dos Bombeiros Voluntários Madeirenses, os 'soldados da paz' foram chamados para várias ocorrências, na sequência da passagem da depressão que atravessou a região no sábado, a maioria das quais relacionada com a queda de galhos caídos na via pública, mas também de árvores, algumas das quais de grande porte, que tornaram algumas vias intransitáveis.

“Não há, no entanto, nenhum ferido registado”, salienta a mesma fonte, que dá ainda conta da queda de sinais e de letreiros, de pequenas inundações em vias públicas e de estragos numa paragem de autocarro.

Também os funcionários da Câmara Municipal do Funchal têm estado, durante a manhã deste domingo, a proceder à limpeza de estradas, devido aos detritos arrastados pelo vento forte que se fez sentir este fim de semana na Madeira, com rajadas que atingiram os 90 quilómetros por hora.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tinha emitido um aviso laranja para a Costa Norte da Madeira e para a ilha de Porto Santo, devido à agitação marítima, que terminou às 12 horas deste domingo, permanecendo apenas um aviso amarelo, até às 21 horas deste domingo, devido à ondulação norte, que poderá chegar aos cinco metros.

O vento forte registado no sábado na Madeira provocou também o cancelamento de 44 voos com destino ou origem no arquipélago (23 chegadas e 21 partidas), afetando cerca de sete mil passageiros, muitos dos quais já foram reencaminhados para voos a realizar este domingo.

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