Olhanense-FC Porto, 2-1 (crónica)

4 mai 2014, 20:09
Olhanense-FC Porto

Vontade algarvia e pobreza portista só podia dar nisto

O Olhanense adiou para a última jornada o pior cenário que pode acontecer à equipa: descer de divisão. A justíssima vitória (e nada surpreendente pelo que se passou em campo) dos algarvios mantém a esperança na manutenção em aberto, embora não dependendo de si próprio.

Pobre e irreconhecível na primeira-parte, o FC Porto colocou-se a jeito do Olhanense, que marcou um golo e desperdiçou ainda boas oportunidades. Ofensivamente, os dragões viveram dos raides de Silvestre Varela e nunca houve coletivo para incomodar a baliza de Belec.

Carlos Eduardo e Herrera foram inoperantes na construção, e o brasileiro – surpresa no onze em vez de Defour – esteve apenas meia-hora em campo, para entrar Quintero.

Quando se pensava que Licá iria jogar de início em vez de Quaresma, entrou Tozé, que ocupou o lado esquerdo do ataque. De forma inoperante, como a sua equipa, sendo rendido ao intervalo por Kayembe. E o belga esteve mais em jogo que o companheiro da equipa B.

FICHA DE JOGO DO OLHANENSE-FC PORTO


Isto era sinal de que Luís Castro também não estava a gostar. Se na frente, apenas por uma vez o FC Porto esteve perto do golo, num remate de Jackson que passou próximo da barra, atrás a equipa nortenha também não esteve melhor: mal nas marcações e muito espaço dado aos algarvios para visarem a baliza de Fabiano.

Foi assim no golo marcado por Kroldrup, que aproveitou a passividade defensiva dos azuis e brancos para marcar, após aparecer (com Sampirisi) solto na área, na sequência de livre.

Os estragos não foram maiores porque a pontaria dos jogadores do Olhanense não esteve bem calibrada. Rui Duarte e Dionisi estiveram a centímetros do golo e, pela horrível primeira-metade dos dragões, não seria um escândalo se consumassem uma desvantagem ainda mais surpreendente.

Os algarvios estiveram brilhantes, com boa circulação de bola a que se aliou uma vontade tremenda, disputando cada lance como se fosse o último.

OS DESTAQUES DO JOGO


A vontade dos portistas melhorou depois do intervalo e o Olhanense experimentou situações novas junto da sua baliza. Belec viu-se apertado, mas o Olhanense aguentou-se. E também foi tendo espaço para responder. Numa delas, Dionisi foi derrubado por Maicon dentro da área, com Cosme Machado a errar ao indicar simulação do avançado italiano, em vez de assinalar grande penalidade contra o FC Porto.

Mas o segundo do Olhanense não tardou, com os algarvios a explorarem o adiantamento dos dragões: Dionisi finalizou sem oposição, após entrada de Jander, que centrou atrasado. E colocou justiça no marcador.

Até final o Olhanense controlou o jogo e sinónimo disso é que Belec não efetuou uma defesa digna desse nome, apesar do FC Porto ter reduzido (82) por Herrera. Mas mesmo assim, o Olhanense nunca passou por situações complicadas para aguentar a preciosa vitória.

A situação de descontentamento e que reforça o controlo que os algarvios tiveram, foi dada pelos poucos adeptos portistas presentes no José Arcanjo, que a pouco mais de dez minutos do fim e perante a inoperância dos jogadores da sua equipa, cantavam, “joguem à bola, joguem à bola”.

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