José Luís Carneiro é candidato a secretário-geral do PS para colocar a sua "experiência de vida" ao serviço do país

Beatriz Jalón , com Agência Lusa
10 nov 2023, 00:56

O dirigente socialista refere que o PS tem condições para "continuar a garantir um futuro de esperança" aos portugueses, e prometeu fazer uma declaração ao país esta sexta-feira. Aos jornalistas, recusou comentar um eventual confronto com Pedro Nuno Santos

O dirigente socialista José Luís Carneiro anunciou esta quinta-feira, durante a reunião da Comissão Política do PS, que será candidato a secretário-geral nas eleições internas diretas que se vão disputar em 15 e 16 de dezembro.

À saída da reunião, José Luís Carneiro manifestou a intenção de colocar a sua "experiência de vida" ao serviço do país.

“Quis ouvir os meus camaradas na Comissão Política Nacional, compreender os seus pontos de vista sobre o momento que vive o partido, e transmitir-lhes a minha disponibilidade para, com os mesmos valores de sempre, da liberdade, da igualdade, da justiça social, colocar a minha experiência de vida (…) ao serviço deste país”.

O atual ministro da Administração Interna afirmou que se coloca na posição de concorrer a primeiro-ministro para "garantir segurança, estabilidade e o investimento no aprofundamento das políticas que criam mais e melhores oportunidades e afirmam Portugal como um país que consegue crescer economicamente, mas mantém sempre um grande esforço de justiça social".

José Luís Carneiro refere que o PS tem condições para "continuar a garantir um futuro de esperança" aos portugueses, e prometeu fazer uma declaração ao país esta sexta-feira.

Para além de José Luís Carneiro, a CNN Portugal sabe ainda que Pedro Nuno Santos também se vai candidatar à liderança dos socialistas, tema que o ministro da Administração Interna não quis comentar aos jornalistas à saída da sede dos socialistas.

Na terça-feira foram realizadas buscas em vários gabinetes do Governo, incluindo na residência oficial de São Bento, em Lisboa, visando o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, noticiadas de manhã pelo jornal Público.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou, quatro horas mais tarde, através de comunicado, que estão em causa investigações sobre projetos de lítio e de hidrogénio e que o primeiro-ministro é alvo de inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça.

O Presidente da República recebeu o primeiro-ministro logo de manhã, a pedido deste, no Palácio de Belém, e uma segunda vez já depois de ser conhecido o comunicado da PGR, tendo recebido pelo meio, a procuradora-geral da República, Lucília Gago.

António Costa apresentou a demissão de primeiro-ministro, declarando-se de "cabeça erguida" e "consciência tranquila", mas defendendo que "a dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição sobre a sua integridade, a sua boa conduta e, menos ainda, com a suspeita da prática de qualquer ato criminal".

O Presidente da República aceitou o pedido de demissão e convocou os partidos com assento parlamentar e o Conselho de Estado, para uma eventual dissolução do parlamento, anunciada esta quinta-feira.

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