Relatos de disparos, uma faca supostamente atirada para o lixo, pânico: o que se passou na escola Seomara da Costa Primo

15 mar, 14:14
Confrontos entre grupos em escola na Amadora. Jovens estavam armados

Escola foi usada como refúgio por elementos de um grupo que se tinha envolvido em confrontos com outro grupo rival

Confrontos entre dois grupos rivais - um de Casal de Cambra e Caneças, concelhos de Sintra e Odivelas, e o outro do Casal de Mira, na Amadora - provocaram quinta-feira o pânico dentro da Escola Secundária Seomara da Costa Primo, na Amadora, assim como nas suas imediações.

Foram identificados cinco suspeitos, com idades compreendidas entre os 18 e os 19 anos, todos do sexo masculino. Os jovens têm todos antecedentes criminais.

Na quinta-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) foi chamada à escola por existirem relatos de disparos de arma de fogo. No entanto, não foram encontradas armas ou invólucros.

Dois dos suspeitos identificados contaram às autoridades que, quando se deslocavam na Rua Elias Garcia, em direção à estação de comboios, foram abordados pelos outros indivíduos. Um deles empunhava uma arma de fogo e terá disparado contra eles, fazendo com que fugissem para o interior da escola.

Estes jovens decidiram refugiar-se no estabelecimento de ensino por sentirem que seria um local onde estariam seguros, uma vez que a presença policial dentro e fora da escola é recorrente, no âmbito do Programa Escola Segura.

As auxiliares do estabelecimento de ensino informaram a PSP que um grupo de jovens se deslocava novamente em direção ao recinto e, nessa altura, foram intercetados os dois suspeitos, que foram revistados. Os indivíduos não tinham qualquer objeto ilícito na sua posse.

Através das imagens de videovigilância foi possível ver que um deles tinha na sua posse uma arma branca, antes de ser intercetado. O jovem acabou por admitir que tinha a arma mas que a deitou para o lixo. No entanto, as autoridades não conseguiram encontrar qualquer faca nos caixotes.

As imagens do sistema de videovigilância foram preservadas e a Polícia Judiciária (PJ) foi contactada.

Todos os suspeitos foram conduzidos para a Esquadra da Reboleira, na Amadora, para serem realizadas as devidas diligências processuais.

O Ministério Público foi informado.

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