André Ventura confirma mas não explica exoneração de chefe de gabinete

Agência Lusa
6 mai 2022, 19:04
Nuno Afonso e André Ventura (Foto: Facebook)

Líder do Chega disse que a iniciativa de exonerar o chefe de gabinete foi sua, mas "validada pelo grupo parlamentar". Afastamento de Nuno Afonso acontece após uma tensão crescente entre os dois militantes

O presidente do Chega confirmou esta sexta-feira a exoneração do chefe de gabinete do grupo parlamentar, Nuno Afonso, tal como a CNN Portugal já tinha avançado.

No entanto, não ofereceu mais explicações e limitou-se a afirmar que se tratou de uma “decisão política” que foi “falada com o próprio".

"Começando pelo caso da exoneração esta manhã do chefe de gabinete, do Nuno Afonso, eu não queria fazer grandes comentários sobre isso. É uma questão essencialmente política, posso dizer-vos que foi falada com o próprio ao longo das últimas duas semanas" pelo que não foi "uma decisão de surpresa", afirmou André Ventura.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o deputado e líder do Chega disse apenas que se tratou de uma questão de "política interna", justificando assim não ter “grandes comentários a fazer sobre isso”

André Ventura referiu apenas que a iniciativa de exonerar o chefe de gabinete foi sua, mas "validada pelo grupo parlamentar".

Este dirigente do Chega foi chefe de gabinete de André Ventura, enquanto deputado único do partido, na legislatura passada. Nuno Afonso foi reconduzido no cargo no arranque da nova legislatura, mas sai ao fim de pouco mais de um mês.

Nuno Afonso foi vice-presidente do partido mas deixou de o ser no III Congresso, que decorreu em Coimbra em maio do ano passado, assumindo agora as funções de vogal da direção nacional. Na altura, o dirigente assumiu o seu desconforto com a “queda” na hierarquia do partido e falou em "punhaladas".

Militante “n.º 2” do Chega, logo a seguir ao amigo, fundador e presidente, Nuno Afonso partilha com Ventura as origens na Linha de Sintra e o passado como conselheiro nacional do PSD, durante a liderança do antigo primeiro-ministro Passos Coelho.

Nas eleições autárquicas do ano passado foi coordenador autárquico e foi eleito vereador na Câmara Municipal de Sintra.

Esta é a segunda saída de funcionários do Grupo Parlamentar do Chega no espaço de uma semana. Na sexta-feira, o assessor político Manuel Matias, pai da deputada Rita Matias, demitiu-se do cargo, após a Transparência Internacional Portugal ter questionado o presidente da Assembleia da República sobre a legalidade da sua nomeação devido à relação familiar.

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