LC: FC Porto-Shakhtar Donetsk, 1-1 (destaques)

10 dez 2014, 21:52
FC Porto-Shakhtar (LUSA/ José Coelho)

Aboubakar incendiou o Dragão mas o melhor foi mesmo Ricardo

A figura: Ricardo

 
Aproveitou a oportunidade. Aguerrido a defender, procurou jogar simples até porque não é, ainda, um lateral de raiz. Parece, contudo, mostrar vontade de se afirmar como alternativa numa posição em que, para além de Danilo, o FC Porto tem Opare. A julgar pela exibição desta noite, e mesmo que o negócio tenha sido feito a custo zero, fica a dúvida: era mesmo preciso contratar o ganês?
 
O momento: que lindo Aboubakar!


Minuto 87. Nem todos acreditavam. Mesmo entre os portistas,a julgar pela multidão que já se via a abandonar o Estádio. Acreditou quem interessava. Aproveitando um mau alívio da defesa contrária, Aboubakar atirou um verdadeiro míssil indefensável. Remate violento de fora da área que Pyatov não segurou e nem a trave, que minutos antes roubara o golo a Indi, impediu a festa. Um golaço do camaronês.
 
Negativo: lesão de Ruben Neves


Um momento de azar que, se for grave, pode travar uma evolução fulminante. Chocou com Alex Teixeira, ficou agarrado ao joelho e saiu. Aguarda-se informação oficial sobre a lesão. Antes, estava a ser muito útil na posição onde parece render mais, a de médio mais recuado. Já em Coimbra tinha estado em bom plano e parecia recuperar algum do fulgor perdido nos últimos tempos, depois de um início em cheio.
 
Outros destaques

Adrian Lopez

 
Precisa de confiança, precisa de jogar, precisa, enfim, que alguma coisa lhe saia bem. Ainda não foi esta noite. Um par de ações erradas despertaram os primeiros assobios. O público está numa fase de pouca paciência para com o espanhol. Um remate que obrigou Pyatov a defesa apertada parecia mudar-lhe o rumo. O Dragão aplaudiu e Adrian poderia partir daí para uma exibição segura. Mas voltou a perder-se. Fica ligado ao golo de Stepanenko pois era o seu marcador direto no canto. A saída para entrar Kelvin, herói não esquecido por estas bandas, funciona como imagem perfeita do contraste entre a depressão e a euforia. Adrian terá de se transfigurar. Se não o fizer rápido não vai ser fácil despir o fato de patinho feio.
 
Evandro


Outro que disse presente, para Lopetegui ver. Joga de cabeça levantada, seduzindo o Dragão com um par de pormenores de classe, quase consecutivos. Prático nas ações, mas importante quer a auxiliar os homens da frente quer o trinco de serviço, primeiro Ruben Neves, depois Marcano. Só não joga mais porque a concorrência é duríssima.
 
Quaresma


O Dragão gosta de entrega, mas talvez Quaresma tenha exagerado na dose. Viu cedo o amarelo por uma entrada dura e desnecessária sobre Bernard junto à bandeirola de canto, o que o poderia limitar, mas Quaresma continuou nos limites. No que ao futebol diz respeito, não teve a mais inspirada das noites, ficando na retina um remate forte à entrada da área, que não desviou o suficiente de Pyatov.
 
Alex Teixeira e Bernard


Os mais perigosos dos ucranianos. Combinações venenosas de uma dupla que aquece a gélida ucrânia com o calor do samba nos pés. Enquanto Bernard, outrora quase reforço portista, esteve em campo, o rendimento de ambos foi, deveras, superior. Sem Bernard, Teixeira perdeu a moleta preciosa e não voltou a ser tão perigoso.

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