Diretor clínico do Centro Hospitalar de Lisboa Central exonerado

Carolina Resende Matos , Notícia corrigida às 23:00
3 jul 2023, 19:58

Restantes membros da direção clínica cessaram funções por inerência

O diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central foi esta segunda-feira exonerado do seu cargo, confirmou a TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal). A saída de Pedro Soares Branco acontece após pedido da presidente do conselho de administração, Rosa Zorrinho.

A decisão é recente mas já levou os restantes médicos da direção clínica a cessaram funções, por inerência. A TVI sabe que na origem da demissão estão divergências profundas entre Rosa Zorrinho e Pedro Soares Branco, nomeadamente em relação à gestão hospitalar no contexto de dificuldades que têm afetado o Serviço Nacional de Saúde.

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central envolve seis hospitais: São José, Santa Marta, Capuchos, Curry Cabral, Maternidade Alfredo da Costa e Dona Estefânia. Estas seis instituições ficam assim com o conselho de administração em gestão corrente até à nomeação de um novo.

Entretanto o Ministério da Saúde confirmou à agência Lusa que “está em curso” a substituição do diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário  de Lisboa Central, que tinha assumido o cargo em 2020.

“A substituição do diretor clínico do CHULC, por razões de serviço, está em curso”, adiantou o gabinete do ministro Manuel Pizarro, sem especificar as razões desta decisão.

Pedro Soares Branco tinha sido nomeado para o cargo de diretor clínico do conselho de administração do centro hospitalar no final de agosto de 2020, pela anterior ministra da Saúde, Marta Temido.

"O Ministério da Saúde agradece a dedicação ao serviço público do professor Pedro Soares Branco", adiantou ainda a resposta do gabinete de Manuel Pizarro.​​​​​

A saída de Pedro Soares Branco acontece numa altura em que também o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte atravessa dificuldades, sobretudo no serviço de Obstetrícia, que já foi obrigado a enviar duas grávidas para hospitais privados por não ter capacidade para as receber.

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