O Campeonato do Mundo começa nesta quinta-feira com muitos motivos de interesse: desde a cerimónia de abertura até à «luta a três» entre Ronaldo, Messi e Neymar
Brasil-Croácia, 21:00, na RTP1
É o dia de abertura do Campeonato do Mundo. E, por isso, é dia de um jogo só, o primeiro dos 63 que vão disputar-se ao longo de um mês. Não se pode, por isso, perder o mais literal pontapé de saída
Lançado que está o jogo de estreia com o respetivo horário (para que não perca um minuto de jogo) fazemos também a ponte para o calendário
Assim, deve-se começar o dia do arranque do Mundial pela cerimónia de abertura
Está-se no Brasil e espera-se logo no arranque o ritmo, a cor, a festa que está na alma do seu povo num espetáculo de inauguração com duração prevista de hora e meia. Serão 600 figurantes (entre bailarinos e ginastas) os que vão homenagear o Brasil numa representação dos seus tesouros: a natureza, as pessoas e o futebol.
Se a cerimónia de abertura vai durar o mesmo tempo de um jogo de futebol, o Campeonato do Mundo vai decorrer durante mais de um mês. Serão 32 dias de futebol com samba nas bancadas
Vai-se viver como poucos sabem viver ao sabor do tal ritmo de que já se falou para fazer a festa da Copa
Tudo isto vai passar-se em 12 estádios
O dinheiro gasto nos estádios tem sido um dos temas mais objeto de controvérsia pelos adversários da realização do Mundial no Brasil: os brasileiros que contrapõem com a necessidade de aplicar dinheiro na saúde e na educação das populações.
A presidente Dilma Rousseff veio nesta terça-feira rebater as críticas dos gastos excessivos com o futebol frisando que as verbas aplicadas na saúde e na educação pelos governos federal, estaduais e municipais desde 2010 (ano do início das obras com os estádios) até 2013 foram 212 vezes superiores às gastas com os palcos da competição.
Mas, entre os argumentos pró e contra o Mundial pelas razões referidas – e guardando espaço para uma preocupação legítima em relação à eventual contestação social que já se faz sentir desde a Taça das Confederações, com manifestações, greves, tumultos... – há uma outra incógnita que permanece: estarão todos os estádios (e envolventes) mesmo prontos a tempo dos pontapés de saída?
Dos 236 jogadores que vão repetir a presença numa fase final de um campeonato do Mundo, há oito craques que deverão ser vistos num Mundial pela última vez
Com exceção do guarda-redes colombiano (estará no seu terceiro Mundial), os outros sete poderão jogar o seu quarto Campeonato do Mundo, se entrarem em campo. Buffon esteve, inclusivamente, presente num quinto Mundial, mas não atuou um minuto sequer no França 1998. Já Mondragón puxa pelos seus galões de jogador mais velho no Brasil e que pode tornar-se recordista absoluto no que respeita à idade.
Se entrar em campo, Mondragón baterá o recorde do camaronês Roger Milla, que jogou um Mundial com 42 anos e um mês de idade. Ora, o colombiano já passou essa idade em cerca de dez meses e fará mesmo os 43 anos quando ainda se estará a jogar a primeira fase da prova: no dia 21 de junho.
Um dia antes, a Seleção Nacional merecerá ainda atenção mais especial da parte dos portugueses devido também a um aniversário. Paulo Bento faz 45 anos
O Mundial do Brasil será uma competição com a utilização de novas tecnologias e regras em estreia
Mas as alterações não se darão só com o relógio no pulso do árbitro a assinalar golo
A temperatura vai decerto escaldar quando três dos 736 jogadores presentes no Mundial estiverem campo: este já é o Campeonato do combate a três Cristiano Ronaldo vs. Messi vs. Neymar Jr.
Isso é inevitável em relação aos três jogadores mais famosos e mais talentosos de todos os que estão no Brasil. Além do que vão conseguir as seleções de Portugal, Argentina e Brasil neste Mundial, há também este campeonato particular
Dia a dia, ir-se-á ansiando pela final mais desejada
O escrete
No plano dos números
Individualmente, Luiz Felipe Scolari e Vicente del Bosque podem fazer história se levarem, respetivamente, o Brasil ou a Espanha à vitória no sétimo e último jogo do Maracanã: a final. O selecionador brasileiro ou o espanhol tornar-se-ão no segundo a conquistar dois títulos de campeão do mundo (igualando Vittorio Pozzo, pela Itália, em 1934 e 1938) – Scolari depois de 2002 também com a canarinha
Miroslav Klose também procura o seu recorde, este mais fácil de conseguir (em princípio). O avançado alemão não só jogará (como se disse) o seu quarto Mundial, como pode tornar-se o melhor marcador de sempre em Campeonatos do Mundo. O jogador da Lazio tem 14 golos e já é o melhor da Alemanha em fases finais, a par de Gerd Müller. O seu objetivo é bater o recorde absoluto do brasileiro Ronaldo, que tem 15.