Cliente esqueceu-se de lotaria com prémio de 3 milhões. Funcionária tentou recolher o prémio como se fosse seu, mas foi apanhada

CNN Portugal , MBM
19 mai 2023, 20:39
Bilhete de lotaria da Mega Millions. (Paul Sakuma/ AP)

 

 

 

Bilhete ficou esquecido numa loja de conveniência, onde um mecânico parou para comprar as lotarias, raspadinhas e batatas fritas. Funcionária e o namorado apropriaram-se do bilhete, mas o reclamar do prémio não correu como o esperado

Uma funcionária de uma loja de conveniência de Massachusetts, no estado de Boston, EUA, foi esta sexta-feira condenada a prisão preventiva por tentar roubar o prémio de três milhões de dólares de um bilhete de lotaria da Mega Millions, esquecido por um cliente.

O Tribunal de Plymouth, de Massachusetts, acusa Carly Nunes, de 23 anos, de roubo, tentativa de furto, intimidação de testemunhas e apresentação de um pedido falso de indemnização. Mas a jovem não é a única acusada neste caso, uma vez que teve um cúmplice. Segundo um comunicado publicado pelo tribunal na passada sexta-feira, o colega de Carly, Joseph Reddem, de 32 anos, que ajudou a planear o roubo, é condenado por tentativa de furto.

Tudo aconteceu no dia 17 de janeiro, quando um mecânico chamado Paul Little entrou na loja de conveniência onde trabalhava Nunes e comprou um pacote de batatas fritas, duas raspadinhas e três bilhetes de lotaria, um deles da Mega Millions, com um “multiplicador” para aumentar o prémio do jackpot.

O comunicado afirma que Carly Nunes registou a compra do cliente na caixa, somando um total de doze dólares. No entanto, Paul Little saiu da loja apenas com o pacote de batatas fritas, e esqueceu-se dos três bilhetes de lotaria no balcão da caixa. O bilhete de lotaria com os números - 2, 12, 18, 24 e 39 - da Mega Millions que seria o vencedor do sorteio dessa noite.

"Depois de sair da loja e de se aperceber que não tinha os seus bilhetes, o homem procurou-os por breves instantes, mas concluiu que estavam perdidos. Cerca de 45 minutos depois de ter saído da loja, outro cliente entrou para comprar cinco bilhetes de lotaria. Carly Nunes registou a transacção e imprimiu os bilhetes de lotaria. Foi nesta altura que o cliente se apercebeu de que tinham sido impressos dois bilhetes a mais e devolveu os dois bilhetes que pertenciam à vítima de Nunes. Nunes pegou nos bilhetes e disse que deviam pertencer "a ele", ou seja, à vítima", lê-se no comunicado.

Dois dias mais tarde, Carly Nunes e o namorado apresentaram o bilhete vencedor, "rasgado e queimado", como se fosse seu na sede da Lotaria do Estado de Massachusetts em Dorchester para resgatar o prémio da lotaria. 

Depois de ser informada do valor do prémio, a jovem saiu da sede e, à porta do prédio, a jovem começou a discutir com o colega Joseph Reddem, que tinha conduzido o casal até ao local, que lhe pediu o jackpot e a quem Nunes disse que "apenas daria 200 mil dólares do prémio".

A discussão foi filmada pela câmaras de segurança da lotaria e os funcionários contactaram a polícia de Massachusetts que abriu uma investigação. Já Carly Nunes foi informada que o prémio, esse, só seria entregue no final da investigação.

O verdadeiro vencedor

Após quatro meses de investigação, a polícia encontrou uma gravação de videovigilância da loja que provava que Carly Nunes tinha ficado com o bilhete de lotaria comprado por um cliente. Foi nessa altura que a funcionária acabou por confessar que não, não tinha comprado o bilhete premiado, mas que tinha ficado com ele "por negligência".

A polícia local distribui panfletos com fotografias do cliente, na altura desconhecido, captadas a partir dos vídeos e no dia 13 de fevereiro identificaram o proprietário do bilhete. Paul Little foi então interrogado pelas autoridades e, entrevistado pela CNN Internacional esta quinta-feira, revelou ainda não ter recebido o prémio. No entanto, "a Comissão da Lotaria do Estado de Massachusetts tenciona honrar o direito da vítima ao jackpot".

"Todas as pessoas que trabalham em meu nome renovam a minha fé de que há muita gente boa por aí", disse ele.

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