Seis horas vão custar 300 euros. Bombeiros querem cobrar aos hospitais pelas macas retidas nas urgências

3 jan, 21:54
Hospital de São João recebe doentes covid-19 provenientes da região de Lisboa e Vale do Tejo

Medida pretende penalizar uma prática que se agravou com a crise nas urgências

Os bombeiros querem passar a cobrar aos hospitais pelas macas das ambulâncias retidas nos serviços de urgência. 

A decisão é da Liga dos Bombeiros Portugueses, que garante que há cada vez mais macas paradas nos hospitais sem espaço para sentar ou deitar mais doentes nos seus meios próprios, e deve ser aprovada na próxima semana num conselho executivo da organização representativa das corporações. 

Os bombeiros garantem que o problema agravou-se nas últimas semanas com a onda de gripe e um pico de afluência às urgências com horas e horas de espera em vários hospitais do país.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, adianta à TVI/CNN Portugal que a ideia é penalizar os hospitais para desincentivar uma prática que os bombeiros consideram inaceitável. Sem macas as ambulâncias não podem circular, nem responder a outros pedidos de ajuda.    

A cobrança pelas macas retidas avançará a partir da segunda hora que uma maca esteja parada num hospital. 

Segundo António Nunes, a proposta em cima da mesa prevê que a segunda e terceira horas da maca no hospital custe 50 euros, valor que sobe para 100 euros na quarta e quinta horas.  A partir da sexta hora cada bloco de duas horas custará 150 euros. 

Na prática, fazendo as contas, se um hospital retiver uma maca durante seis horas, essa retenção vai custar-lhe um total de 300 euros. 

 

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