Medida pretende penalizar uma prática que se agravou com a crise nas urgências
Os bombeiros querem passar a cobrar aos hospitais pelas macas das ambulâncias retidas nos serviços de urgência.
A decisão é da Liga dos Bombeiros Portugueses, que garante que há cada vez mais macas paradas nos hospitais sem espaço para sentar ou deitar mais doentes nos seus meios próprios, e deve ser aprovada na próxima semana num conselho executivo da organização representativa das corporações.
Os bombeiros garantem que o problema agravou-se nas últimas semanas com a onda de gripe e um pico de afluência às urgências com horas e horas de espera em vários hospitais do país.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, adianta à TVI/CNN Portugal que a ideia é penalizar os hospitais para desincentivar uma prática que os bombeiros consideram inaceitável. Sem macas as ambulâncias não podem circular, nem responder a outros pedidos de ajuda.
A cobrança pelas macas retidas avançará a partir da segunda hora que uma maca esteja parada num hospital.
Segundo António Nunes, a proposta em cima da mesa prevê que a segunda e terceira horas da maca no hospital custe 50 euros, valor que sobe para 100 euros na quarta e quinta horas. A partir da sexta hora cada bloco de duas horas custará 150 euros.
Na prática, fazendo as contas, se um hospital retiver uma maca durante seis horas, essa retenção vai custar-lhe um total de 300 euros.