Catarina Martins diz que "PS seria uma desilusão para todos os socialistas" caso se entendesse com a direita

Agência Lusa , BCE
13 jan 2022, 18:18
Catarina Martins

Coordenadora do BE afirma que a direita é "cada vez mais agressiva", tendo em conta as privatizações que tem vindo a defender para o país, nomeadamente na área da saúde

A coordenadora do BE considerou esta quinta-feira que “o PS seria uma desilusão para todos os socialistas” se achasse que se pode entender com a direita.

Catarina Martins reuniu-se esta tarde com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), em Lisboa, tendo no final, em declarações aos jornalistas, acusado o Governo de “incapacidade de olhar para os cuidados primários”, aquilo que considerou ser “um dos aspetos mais preocupantes da impreparação na resposta a esta vaga covid”.

Questionada sobre a expectativa em relação ao debate que esta quinta-feira vai opor o líder do PS e primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, a coordenadora bloquista respondeu que tudo o que a preocupa neste momento “é saber quais são as soluções para o país”.

“O PS seria uma desilusão para todos os socialistas se achasse que se pode entender com uma direita que, na verdade, é cada vez mais agressiva e que já admitiu achar como solução para o país privatizar tudo, a começar pela saúde”, afirmou.

Para Catarina Martins, o pior que se podia fazer era, por causa das dificuldades, “desistir do SNS” (Serviço Nacional de Saúde).

“As dificuldades dão-nos uma obrigação crescente de resolver os problemas do SNS e por isso só com um PS que seja obrigado negociar e com um BE como terceira força política renovada e reforçada neste país é que encontraremos essas soluções”, apelou.

Confrontada com as sondagens desta quinta-feira, a líder do BE manteve o hábito de não as comentar.

“Nas soluções para o SNS, para o reforço do SNS, para que não se desista do SNS, na verdade o PS não tem querido avançar e o PSD o que propõe é privatização. Toda a gente sabe no país que a bipolarização para o salvar o SNS não adianta nada”, avisou, insistindo na necessidade do BE se manter como terceira força política, “o partido que mais tem lutado pelo SNS”.

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