Ramos e a saída de Darwin: «Prefiro ser a principal referência do ataque»

27 set 2022, 20:25
Gonçalo Ramos festeja o 2-0 no Benfica-Marítimo

Avançado explicou o excelente arranque de época no Benfica

Oito golos em 12 jogos. Os números não enganam: Gonçalo Ramos está a ser um dos maiores destaques do início de temporada do Benfica. O avançado, que chegou a ser integrado na convocatória de Fernando Santos para a Liga das Nações, explicou o 'segredo' para a excelente forma física nos primeiros meses da época.

«Preparo-me sempre da melhor maneira para estar na melhor forma física. É o primeiro passo para as coisas correrem bem. Dou sempre o máximo nos treinos e assimilei bem as ideias do mister. Nós sabíamos, em relação às eliminatórias, que havia margem mínima e exigência máxima. Era um objetivo de todos e jogos muito importantes para o clube, mas também eram jogos em que a adrenalina está no mais alto nível e que todos querem jogar. Acho que nem precisamos de motivação extra e estamos todos ligados ao máximo. Isso viu-se nos jogos, foi importante termos começado a época bem e não há nenhum jogador que comece a época bem sem a equipa estar bem. Isso ajudou-me e acabei por marcar e ajudar a equipa. Foi muito importante para mim», começou por dizer, em entrevista à UEFA.

O internacional sub-21 português assumiu que gosta de ser «a principal referência» do ataque, algo que acontece após a saída de Darwin, melhor marcador dos encarnados no ano anterior. O próprio Gonçalo Ramos recordou a excelente época do uruguaio na Luz para explicar onde se sente mais confortável em campo.

«A posição que prefiro e represento melhor é a de referência do ataque, de ponta de lança. Mas no ano passado pediram-me para jogar no apoio ao nosso ponta de lança, que era o Darwin, e também gosto. O que importa é jogar. A saída do Darwin abriu espaço para mim ou para outro jogar. Seria estranho se dissesse que não. O Darwin fez 35 golos ou algo do género. É muito bom agora ter oportunidade de desempenhar a função que gosto mais», assumiu. 

O atacante de 21 anos, que tem Cristiano Ronaldo e de Lewandowski como referências, defendeu que a ideia de jogo de Roger Schmidt o favorece. «O sistema de jogo é favorável para mim. O que o mister pede favorece o meu jogo. O mister também falou comigo para me orientar sobre o que ele queria e o que via num ponta de lança que joga no modelo dele. As coisas estão a correr bem», frisou.

Por último, Gonçalo Ramos explicou o que deve ser um avançado moderno.

«Cada vez mais se pede mais a um ponta de lança que seja mais completo. As pessoas pensavam que um ponta de lança só está ali para fazer golos e o resto não importa, mas acho que ao longo dos últimos anos essa imagem está a desaparecer um bocadinho. É cada vez mais importante que um ponta de lança esteja mais dentro do jogo e contribua mais para a equipa, a ligar o jogo, a pressionar. Muitas vezes com movimentações em que acaba por ficar noutra posição e pede-se outro tipo de tarefa», esclareceu, por fim. 

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